Ígor Lopes
Markus-Alexander Antonietti, de 63 anos de idade, é o novo embaixador da Suíça em Portugal. Com formação superior em Direito e Jornalismo, este diplomata chegou no dia 25 de outubro a Lisboa e apresentou, no dia 17 de janeiro de 2022, ao Presidente da República Portuguesa, as Cartas Credenciais “que me acreditam como Embaixador da Suíça em Portugal”.
Em entrevista à nossa reportagem, Markus-Alexander Antonietti falou sobre as novas funções e a ligação entre o país helvético e Portugal.
De que local veio?
Antes de vir para Portugal, estive em Lima como Embaixador da Suíça no Perú.
Onde nasceu?
Nasci em Visp, na Suíça.
Quais são as suas intenções na Embaixada da Suíça em Portugal?
Quero continuar a fomentar as relações excelentes que existem entre os dois Países, tanto as relações diplomáticas como as relações políticas, económicas e culturais.
Como a comunidade suíça pode usufruir dos vossos serviços? Estão operacionais ou há contingências por conta da pandemia?
A Embaixada da Suíça em Lisboa esteve sempre aberta durante a pandemia. A única grande alteração que tivemos de fazer é que só recebemos os clientes por marcação.
Como avalia a ligação entre a Suíça e Portugal?
As relações entre os dois Países são excelentes, marcadas por uma grande amizade entre portugueses e suíços.
Que informações tem da comunidade portuguesa na Suíça?
Com 260 mil cidadãos, a comunidade portuguesa é sem dúvida uma comunidade muito importante para o meu Pais, não só por ser a terceira mais importante em número, mas também porque os portugueses são muito bem integrados e têm um papel importante na economia e no desenvolvimento da Suíça.
Quantos suíços vivem em Portugal e em que zonas do país estão?
Ao todo, 5.504 suíços vivem em Portugal atualmente, a maior parte em Lisboa e arredores, depois na região do Algarve e, em terceiro lugar, no Porto e arredores.
Como a pandemia está a afetar os serviços diplomáticos suíços em Portugal?
As trocas diplomáticas continuaram durante a crise pandémica, com várias reuniões virtuais que substituíram as viagens planeadas.
Como recebeu a notícia de que iria atuar na embaixada em Portugal?
Fiquei muito contente por saber que Portugal ia ser o último País da minha carreira porque é um pais bonito e interessante, com um clima maravilhoso. As pessoas são simpáticas e acolhedoras, come-se muito bem! Estou também feliz por estar num país que não tem problemas com a Suíça.
Por onde passou como diplomata?
Nasci em 1958 em Visp na Suíça. Entre 1977 e 1982, estudei Direito e Jornalismo na Universidade de Friburgo na Suíça. Entrei em 1985 ao serviço do Departamento Federal dos Negócios Estrangeiros e completei estágios em Berna e em Genebra. Em 1987, fui transferido para Kinshasa como Terceiro Secretário. Em 1990, voltei para a Central em Berna onde exerci funções de Chefe Adjunto do Serviço Informação e Imprensa e, desde 1991, como coordenador para a política internacional dos refugiados na Direção Política. Em 1993, realizei várias missões na Croácia, Sérvia e Macedónia. Fui Observador eleitoral no Congo. Em setembro, transferência temporária para Ancara. Em dezembro, fui transferido como Primeiro Secretário/Primeiro Colaborador para Guatemala City. Em 1997, fui transferido para Pretoria como Conselheiro/Primeiro Colaborador. Em 2002, voltei para a Central em Berna como Diretor de Pessoal Adjunto e Chefe da Secção de Recrutamento e, em 2003, como Diretor de Pessoal da Direção dos Recursos e da Rede Exterior. Fui depois nomeado Chefe de Missão em Quito em 2006, em Caracas em 2010, em Praga em 2013, e em Lima em 2017. Em 25 de outubro, cheguei a Portugal.