Editorial

Portugal tem de ter uma outra atenção para com os portugueses que vivem fora de Portugal.

Chamem-nos emigrantes ou portugueses deslocados, pouco interessa, o certo é que o Estado português não tem dado a melhor atenção à diáspora.

Ora vejamos… Em relação ao acordo assinado no passado dia 11 de outubro, que implementa um conjunto de mecanismos que possibilitam a troca automática de informações em matéria fiscal entre países, entre os quais se incluem Portugal e a Suíça, considerados necessários como meios de combate à fraude e evasão fiscal, de Portugal, nenhum parecer ou esclarecimento foi dado para todos os portugueses “deslocados” do nosso país, muito particularmente a comunidade portuguesa que vive na Suíça. Foi ver passar um rol de insinuações e um desconhecimento total da lei fiscal, neste caso da Suíça, por parte de muitos iletrados, alguns deles com opiniões absurdas, mesmo da imprensa nacional, dizíamos, na Suíça, onde vivem cerca de 275 mil portugueses. Cada país é soberano na sua lei fiscal. Mas, de facto, de Portugal, da Secretaria de Estado das Comunidades, não houve nenhum esclarecimento sobre se as trocas de informação têm, ou não, a ver também com o património imobiliário que cada português tem, investimento do seu suor e capacidade de poupar.  Sabemos que as trocas têm a ver apenas com os valores nominais das contas, por enquanto, no final de cada ano, mas um esclarecimento por parte de Portugal fazia todo o sentido, país signatário do tal acordo e com uma numerosa diáspora no mundo. Estou em crer que todo este imbróglio pode levar ao desencorajamento de os portugueses enviarem as suas poupanças para o nosso país.

Na Suíça, no ano de 2015, havia 216.714 residentes nascidos em Portugal, 267.474 residentes com nacionalidade portuguesa. Entraram nesse ano 12.325 portugueses e adquiriram a nacionalidade helvética 3.537 portugueses. Remessas para Portugal atingiram a soma de 738.128.000€, segundo os dados do Banco de Portugal. Merecemos um pouco mais de atenção. Não somos apenas números, mesmo se assim parece.

 

Ficha Técnica

Fundador: Adelino Sá

Diretor interino: Adélio Amaro

Sede: Gazeta Lusófona, c/o Balta Mediaprint GmbH, Florastrasse 14, 9000 St. Gallen – Suíça

Colaboradores: André Camponês; Carlos Gonçalves; Clément Puippe; Daniel Bastos; Flávio Martins; Ígor Lopes; João Morgado; Jorge Esteves; José Manuel Pinto; José Sarmento; Luís Azevedo; Maria Helena; Nuno Domingos; Orlando Fernandes; Paulo Pisco; Valdemar Reis; Vasco Silva

Consultório Jurídico: Emanuel Teixeira

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 8.500 exemplares

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