Felipe Cattapan tem 51 anos de idade e confessa “adorar” Portugal, país que costuma acompanhar o seu desenvolvimento. Não tem parentes consanguíneos em solo luso, no entanto, a esposa de um dos seus tios tem família na ilha da Madeira.
Natural do Rio de Janeiro, Brasil, Felipe trabalha como regente, escritor e docente universitário na Suíça. Vive com a sua esposa em Horgen, uma comuna da Suíça, no Cantão Zurique. O filho do casal acabou de se mudar para Colónia, para estudar jornalismo.
Segundo Felipe, viver na Suíça “é ótimo, graças à altíssima qualidade de vida, pois temos ótimos amigos por aqui”.
“Adoramos o respeito que há pelo ser humano na vida cotidiana – e a dedicação com que as tarefas diárias são executadas, das mais simples às mais complexas”, frisou.
Diz ser amigo de vários integrantes da comunidade portuguesa na Suíça, além de ser “conhecido de alguns, infelizmente poucos, portugueses – que são sempre muito bem-educados e polidos”. Felipe diz ter a imagem de que os portugueses “são bem recebidos na Suíça”.
No país helvético, Felipe frequenta associações culturais lusófonas, com foco nas de raiz brasileira, como Abec, Cebrac e a Brasilea, nas quais realizou lançamentos dos seus livros. “Mas gostaria muito de conhecer as portuguesas”, comentou.
“Viajo com alguma frequência a Portugal, quase sempre a Lisboa, uma belíssima cidade. Na maior parte das vezes para lançar um livro”, avançou Felipe, que, em solo português, sente-se “feliz”, consegue relaxar e mantém um “grande apetite”.
Não tem nos seus planos Portugal como destino para viver, mas vê no país grandes possibilidades profissionais parra atuar como regente convidado, “pois há ótimas orquestras por lá”.
Felipe conta que, na Suíça, “pude e posso realizar grandes projetos musicais e tenho a honra de ser professor na Universidade das Artes em Berna”.
Sobre o significado da Suíça na sua vida, Felipe destaca a “possibilidade de se viver feliz num lugar em que eu gostaria de passar as férias”.
Acredita que Portugal parece-lhe “um Brasil mais nostálgico, um país muito aconchegante e com cidadãos muito gentis”.
Conta que mudou-se para a Suíça para “estudar e trabalhar, casou-se com a sua esposa, que é alemã, em Berna, onde o nosso filho Gustav nasceu”.
Em relação ao futuro, Felipe Cattapan tem muitos objetivos.
“Como escritor, atualmente estou trabalhando bastante na divulgação do meu novo livro “Um Espaço além do Tempo, um Tempo além do Espaço”, recentemente lançado pela Kotter Editorial em Portugal e no Brasil (https://kotter.com.br/loja/um-espaco-alem-do-tempo-um-tempo-alem-do-espaco/), e que contém duas obras inéditas: a peça de teatro “X Minutos” e a novela “Emulação”. Para quem estiver interessado, a minha editora e eu estamos com prazer à disposição para qualquer tipo de contacto. Além disso estou buscando novas possibilidades de lançamentos para o livro – e de encenações ou leituras dramáticas para a peça de teatro. Maiores informações podem ser encontradas em http://www.cattapan.ch/es/escritor/ e na minha página no Instagram (@cattapanfelipe). Como músico, estou ampliando os meus horizontes e procurando mais oportunidades para trabalhar como regente convidado em outros lugares, e quem sabe em Portugal?”, mencionou.
Quando questionado sobre o seu sentimento atual, Felipe Cattapan diz sentir-se “extremamente bem nos dois países”.
“Fisicamente, o coração vai muito bem, pois a obesidade por aqui quase não existe, a meu ver. As pessoas procuram viver de uma maneira saudável – e isto, a longo prazo, contagia os imigrantes. Psicologicamente, trata-se de uma questão subjetiva… (a minha resposta pessoal pode ser lida nos meus livros)”, adicionou Felipe sobre como vive um imigrante na Suíça.
› Ígor Lopes