Ao longo dos últimos anos o jornal Gazeta Lusófona (GL) foi dando a conhecer as preocupações de Ernesto Ricou. Lutou durante anos por um espaço com melhores cómodos para o Museu da Imigração em Lausanne e quando tudo indicava que o Museu iria fechar, como noticiamos em 2021, para desespero de Ricou, surgiu um “milagre” que levou o Museu da Avenida de Tivoli para a Rua Saint-Martin 36, em Lausanne.
O Museu da Imigração não poderia ter melhor e simbólico espaço ao ser acolhido por um centro de apoio aos migrantes, com a coordenação e colaboração das igrejas católica e protestante.
Na recepção que nos fez foi evidente o brilho no olhar do fundador deste nobre museu. Na edição de março o GL teve a oportunidade de entrevistar Ernesto Ricou sobre a nova sede e os objetivos deste Museu que, felizmente, vão sendo divulgados.
O presente apontamento, além de ser fruto da visita ao novo espaço, tem como objetivo apelar a todos os interessados a visitarem o Museu da Imigração em Lausanne. Ao lado do entusiasta Ricou, que conta a história de cada pedaço do Museu, aconselhamos todos os leitores a fazerem uma visita a estas salas que servem de leito para imensos documentos, objetos e memórias de muitas famílias que lutaram por um futuro melhor, fora do seu país natal.
Nas várias salas, onde não falta um recanto dedicado a Eça de Queirós, encontramos variadas malas de viagem oferecidas por migrantes de diferentes nacionalidades. Mas, muito mais do que esse símbolo, é possível encontrar fotografias antigas e documentação em várias línguas, onde se destaca a carta do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2017 – o português António Guterres.
Nas edições futuras iremos destacar outros pormenores do Museu da Imigração. Mas, o melhor é visitar aquele naco da cultura da Imigração. Ernesto Ricou espera por si…
Adélio Amaro