Adélio Amaro, diretor do Gazeta Lusófona, investigador e escritor leiriense, foi oradorconvidado para o XXVIII Congresso Internacional de Antropologia Ibero-Americana e para o I Congresso Internacional de Património e Paisagem Cultural que tiveram lugarem Salto Veloso, no interior do estado de Santa Catarina, no Brasil, numa organizaçãoda Universidade de Salamanca, do Município da Salto Veloso e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
Na sua intervenção, com o tema “Rede Etnográfica no Concelho de Leiria”, Adélio Amaro deu a conhecer os vários núcleos etnográficos ativos, os que estão em construção, assim como os que estão a ser projetados, destacando a importância dos grupos de folclore na recolha de milhares de utensílios, “caso não fossem eles muito se teria perdido, sendo muito importante colaborar com os grupos no sentido de se inventariar, preservar e conservar o material recolhido ao longo de anos e promover espaços etnográficos temáticos no sentido de os mostrar à comunidade local, para que esta seja participativa e conhecedora, assim como aos visitantes oriundos de outras regiões e países, além do concelho de Leiria”, salientou Adélio Amaro, acrescentando ser “fundamental promover uma rede que possa unir estes núcleos etnográficos de forma a evitar espaço repetitivos”.
Para o investigador leiriense é importante “dar uma nova vida a tudo o que foi recolhido, com um sentido educativo e informativo para que, também, os alunos possam usufruir do conhecimento que estes acervos lhe podem oferecer. É importante desenvolver um projeto único capaz de transmitir aos curiosos e aos estudiosos da cultura popular a variedade que existe na unificação etnográfica”.
No referido projeto e respetivas intervenções apresentadas nos Congressos, Adélio Amaro também focou o trabalho que está a ser desenvolvido no sentido de se continuar a fazer o levantamento de todos os artesãos e artífices do concelho, nas mais diversas áreas artesanais.
Para Adélio Amaro esta rede “só faz sentido se for feito um levantamento global, dentro do concelho, de todos os acervos etnográficos, incluindo os particulares, e a identificação de todos os artesões ainda ativos, seja com fins lucrativos ou não, e depois conseguir expor parte dos acervos de forma digna e devidamente identificados e inventariados, assim como uma programação com atividades complementares, além da respetiva divulgação”, afirmou Adélio Amaro.