› Óscar Prazeres
O segundo festival de folclore que o rancho de St. Gallen organizou no passado dia 1 de junho revelou-se um grande sucesso.
Com a sala decorada na perfeição, pudemos ver utensílios de trabalho do campo e cada um de nós pode imaginar o árduo trabalho que os nossos antepassados realizavam a cada dia, após o nascer do sol.
Os grelhados foram escolhidos para o jantar e podemos dizer que o sabor estava uma maravilha. As sobremesas, todas elas confeccionadas em casa, fizeram a delícia da noite.
O primeiro rancho a subir ao palco foi o Rancho Folclórico Português de Bienne, fundado a 21 de março de 1993. Os seus mais de 30 anos de atividades levaram este grupo a dançar por toda a Suíça e marcaram presença na Alemanha, França, Luxemburgo, além de Portugal.
Dançam o folclore de norte a sul do nosso país com garra, alegria e orgulho. Trajam com um brilho especial nos olhos, pois, a cada festival, deixam-se levar pelo sentimento de viagem ao nosso cantinho, situado à beira mar. Muito aplaudido pelo público presente, deixaram o palco com um sorriso de missão cumprida.
De seguida, foi o Rancho Folclórico Terras de Portugal de Lucerne, que entrou com os seus elementos, trajados a rigor, representando Beira Alta, Minho, Trás-os-Montes, Alentejo e Ribatejo. A beleza dos trajes, de noiva, Dama Rica, Mordoma, Camponês e Campino, reluziam sob o olhar atento de uma sala eufórica. Como sempre este rancho enche o palco de música, dança, sorrisos e muito entusiasmo. Desde 21 de outubro de 2007, que o Rancho de Lucerne defende a cultura folclórica e são os únicos a fazê-lo na província de Lucerne.
Por fim, o rancho da casa dava entrada na sala, com o público de pé, fundido num aplauso sem fim. Este grupo foi fundado a 22 setembro de 2018. Dedicados a preservar e manter vivas as tradições seculares, representam também eles o folclore de norte a sul de Portugal. No seu suporte musical têm os acordeões, concertinas, cavaquinho, bombo, reco-reco, pandeireta entre muitos mais.
Dançaram como se os pés estivessem pousados em nuvens. Muita emoção, foi vista e aplaudida. O Rancho Folclórico de St. Gallen está muito consciente de que a sua função é, de facto, mostrar e manter as danças e o trajar que os nossos bisavós e avós vestiam na altura. A chula, o malhão, o bailarico alentejano, viras, foram todos aplaudidos com muito sucesso. O momento do vira geral foi o êxtase da noite e tiveram que o tocar uma segunda vez, para satisfação do público.
Distribuíram-se as fitas e lembranças pelos ranchos presentes e foi com uma chuva de palmas que o rancho organizador deixou o palco.
E, de repente, as luzes apagam-se e a artista da noite foi anunciada. A Tita e as suas bailarinas apresentavam-se com toda a energia para garantir um excelente espetáculo, que foi do agrado de todos.
Ricardo Lisboa foi o responsável pelo som e bailarico. Rendeu-se homenagem a todas as crianças, já que este festival se realizou no dia mundial da criança. Este dia celebra-se desde 1925 e foi durante a Conferência Mundial para o bem-estar da criança que o proclamaram em terras suíças, nomeadamente em Genebra.
Parabéns a toda a organização e que 2025 nos traga o terceiro festival do Rancho Folclórico de St. Gallen.