Paulo Alexandre de Carvalho Pisco tem 60 anos de idade e é candidato do Partido Socialista pelo círculo da Europa.
Que políticas gostaria de valorizar em relação às comunidades?
É absolutamente fundamental continuar a implementar o novo modelo de gestão consular para melhorar o atendimento consular e também prosseguir no aprofundamento das políticas relativamente ao Ensino de Português no Estrangeiro e em tornar mais fácil o apoio ao movimento associativo. É preciso inovar nas políticas para as comunidades e ir mais longe na cultura, na igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, na valorização das startups de portugueses ou dos seus descendentes, na criação de redes de luso-eleitos, de cientistas e diplomados, no reforço da dimensão social, numa análise mais profunda das questões fiscais que dizem respeito aos residentes no estrangeiro e no domínio das pensões.
Qual a importância da diáspora portuguesa que vive nos países europeus, destacando a Suíça?
A diáspora portuguesa é uma verdadeira força transformadora das sociedades, naquelas onde se instala e em relação a Portugal. E, por isso, é preciso ir sempre mais longe no reconhecimento da sua importância, estar sempre mais perto das comunidades, reforçar sempre mais os vínculos que a ligam a Portugal. A sua importância económica, política, cultural e diplomática é hoje muito evidente, porque somos muitos, estamos muito dispersos pelo mundo e temos uma grande influência. E todas estas características aplicam-se igualmente aos portugueses na Suíça. Mas, obviamente, embora haja na grande maioria dos casos questões comuns, há também particularidades em relação a cada país. E as boas políticas públicas são também as que incidem sobre essas particulares.
Que mensagem deixa para os eleitores?
Que participem sem qualquer hesitação na votação e que sensibilizem os amigos para o dever de votar, para dar forças às comunidades. O PS não tem qualquer responsabilidade na anulação dos votos. Pelo contrário, sempre defendemos a valorização de todos os votos, tivessem ou não a cópia do cartão do cidadão. O PSD é que desrespeitou milhares de votos, tratando os eleitores como incumpridores só por não incluírem uma copia do cartão do cidadão. E, por isso, gostaríamos de voltar a ter a confiança das nossas comunidades com o voto no PS, para dar força ao Governo liderado por António Costa. Quantos mais portugueses votarem maior será a força de todas as nossas comunidades na Assembleia da República e no país. Não votar representa sempre um enfraquecimento da democracia. É muito importante que todos votem e que não esqueçam de incluir uma cópia do cartão do cidadão para o voto ser válido. E devem enviar o seu voto o mais rapidamente possível, para que cheguem a Portugal, o mais tardar, até dia 23 de março.