A pedido do diretor do Gazeta Lusófona, o nosso jornal reuniu com o deputado Paulo Pisco, eleito pelo círculo europeu, no último dia 18 de maio, na Assembleia da República portuguesa, em Lisboa. Em pauta, estiveram temas que preocupam os portugueses residentes na Suíça.
A reunião na Assembleia da República teve a presença de Adélio Amaro, diretor do Gazeta Lusófona, e por Ígor Lopes, coordenador de redação e jornalista desta publicação.
“Realizamos uma visita de trabalho para discutir os problemas que impactam a comunidade portuguesa na Europa, mais concretamente na Suíça. Tivemos a oportunidade de trocar informações e ideias com o intuito de, através do nosso jornal, podermos ajudar os portugueses que visitam e que vivem neste país helvético”, afirmou Adélio Amaro, que revelou que estão sobre a mesa “novos projetos direcionados para as comunidades portuguesas que vão avançar a médio prazo e que vão dar frutos, mas, para isso, precisamos da ajuda, como é óbvio, das comunidades residentes na Suíça e do poder público”.
Por seu turno, Ígor Lopes destacou que é sempre importante estar conectado com os dirigentes, políticos e associativos, para se perceber que pontos merecem mais atenção no trato jornalístico.
“Criar estas sinergias, com rigor, transparência e imparcialidade é primordial no ramo da comunicação, das notícias. Estar atento ao cotidiano das comunidades lusófonas na Suíça, também. Existem muitos falantes de língua portuguesa neste país europeu, não só portugueses, que merecem ter acesso a uma informação credível, plural e de qualidade. É este o nosso objetivo central”, defendeu Ígor Lopes.
“Estas reuniões são importantes, pois quando estamos longe das comunidades, mesmo aqui de Portugal, continuamos a pensar neles que vivem fora do seu país materno. O Gazeta Lusófona está atento a todo este cenário e vai, aos poucos, divulgando as atividades do movimento associativo lusitano em solo suíço. Além, claro, de ajudar naquilo que são as preocupações dessa comunidade, apostando, também, na promoção da língua portuguesa neste país”, reforçou Adélio Amaro.
“Disponibilidade quase que permanente”
No final das conversações, Paulo Pisco realizou “um tour” com os responsáveis pelo Gazeta Lusófona nas instalações do parlamento português e falou sobre o trabalho que está a desenvolver.
“Do nosso trabalho, a comunidade portuguesa e lusodescendente na Suíça pode esperar um mandato de proximidade, com disponibilidade quase que permanente. Não há nenhum fim de semana que eu não vá ao encontro das nossas comunidades. É preciso conhecer a situação e as necessidades dessa comunidade e as suas expetativas relativamente ao nosso país. Faço questão de ir ao encontro dos portugueses que estão em zonas do país mais distantes”, sublinhou este deputado, que esteve, nos últimos dias, em várias cidades suíças onde reuniu com a comunidade lusa local.
Segundo apurámos, a ideia da direção do Gazeta Lusófona é repetir este tipo de encontro com outros responsáveis pela área das migrações no governo português, incluindo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, a Secretaria de Estado da Internacionalização, entre outros.
Recorde-se que o Gazeta Lusófona conta já com 23 anos de existência, tendo sido idealizado e fundado por Adelino Sá, conhecido por ser “um grande mentor da língua portuguesa na Suíça”. O intuito do jornal é dar a conhecer o trabalho das associações portuguesas neste país europeu. Contudo, muitas destas associações estão de portas fechadas, efeito da crise económica causada pela pandemia de Covid-19 e, nalguns casos, pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia.