O artista português Telmo Guerra, residente na Suíça, em Neuchâtel, desde 2012, deu vida à uma nova peça de arte, no estilo “gravura sobre cerâmica”, para homenagear o Papa Francisco. Telmo pretende entregar o novo trabalho ao Santa Padre, no Vaticano, uma imagem que contempla a imagem de Francisco, a Férula Papal e os azulejos portugueses.
“Esta peça representa o 266° líder da Igreja Católica, com a Férula Papal criada por Lello Scorzellina. A Férula é colocada na mão do papa depois da sua “eleição” e representa o poder espiritual e temporal, por isso o seu olhar na direção da Férula em sinal de “Fé”. O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o primeiro Papa latino-americano, o primeiro Pontífice do hemisfério sul, o primeiro Papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro Pontífice não europeu em mais de 1.200 anos e também o primeiro Papa Jesuíta da história. Foi eleito Papa em 13 de março de 2013 e fará em 2023 dez anos de Pontificado”, comentou Telmo, que explicou que a peça “é uma gravura sobre cerâmica”.
“Faço sobretudo gravura porque foi com esta forma de arte que o ‘’Homem’’ começou a escrever a nossa história nas cavernas há cerca de 40 mil. Eu pretendo usar a mesma forma de arte milenar para “deixar memórias do nosso tempo presente para que fiquem registadas para o futuro’’. Considero que, na gravura, existe uma poesia visual impossível de ser reproduzida noutra forma de arte. Talvez por estar associada ao “Homem pré-histórico’’ e ser a primeira forma que os nossos antepassados usaram para registar a nossa história. Faço principalmente “gravura com rostos” que combino com os motivos da azulejaria portuguesa e a Cruz de Portugal ou Cruz da Ordem de Cristo porque são “elementos” da nossa pátria e dessa forma represento Portugal nas minhas peças. (…) Eu utilizo com frequência a cerâmica devido à tradição dos azulejos portugueses e porque é um material extremamente resistente que não se degrada com o tempo, o que permite criar uma “peça eterna”. A cerâmica demora cerca de 1 milhão de anos a degradar”, finalizou Telmo, natural da Covilhã, região Centro de Portugal.
Mais informações sobre o artista podem ser encontradas em: https://telmoguerra.ch/pt/