Com apenas trinta e oito anos, assume o comando da histórica Casa do Benfica, número 225, com sede em Lenzburg, na província de Aarau.
Carlos Carvalho nasceu na Póvoa de Lanhoso e instalou-se na Suíça no ano de 2004. Actualmente vive em Lufingen, Zurique. Casado com Tânia Fernandes, este jovem tem todos os sonhos neste projecto que abraçou no dia 13 de Março de 2022. Dedica-se profissionalmente ao ramo do turismo, na área do transporte, e ao desporto. O Benfica foi sempre o seu clube. É um apaixonado pelo futebol e pelo Sport Lisboa e Benfica. Na gastronomia portuguesa não dispensa um prato de polvo à lagareiro ou um bom arroz de cabidela. Tem como passatempo preferido o refúgio na família, nos amigos e no futebol. A cor preferida é o vermelho. Não dispensa, em tempo de férias, reaver amigos e ir ao local onde cresceu e passou parte da infância.
Quem é o Carlos Carvalho?
Não é fácil fazermos uma auto avaliação, até porque somos suspeitos e podemos não estar a ser corretos na análise. Contudo, posso dizer que sou alguém ambicioso e muito dado a desafios. Tento sempre dar o meu melhor em tudo que me comprometo.
Como Aconteceu a possibilidade de abraçar este projecto da Casa do Benfica de Lenzburg?
A possibilidade de estar envolvido neste projeto, deve-se muito à grande amizade que tenho com antigo presidente. Sou um privilegiado em ter uma pessoa como Vitor Figo na minha vida. Desde que nos conhecemos que temos vindo a viver uma ligação muito forte e unida.
Como é do conhecimento público, o Vitor após ter ficado infetado com covid-19, num estado clinico frágil, teve que repensar muita coisa na sua vida e pensar mais na sua saúde e bem estar. Este projeto requer muito trabalho e dedicação.
Foi num dos tantos jantares e encontros com o Vitor, que surgiu a ideia de me candidatar à Presidência nas eleições que se seguiram, continuando assim este trabalho que já havia sido começado.
Uma casa como esta, onde a qualidade e acolhimento faz o verdadeiro trunfo do sucesso, como prevê gerir esta conquista tão trabalhada pela família Vitor Figo?
De facto, é uma realidade, as qualidades, o acolhimento e um serviço muito personalizado a cada cliente, sempre estiveram muito presentes pela família Figo, na Casa do Benfica em Lenzburg. No entanto, posso assegurar que faremos tudo quanto possível para que, seja dado o nosso melhor e que essas palavras continuem a ser o lema de ordem desta Casa. Assim sendo, tenho que admitir que é uma motivação para todos nós, fazermos cada dia mais e melhor.
A nível da gastronomia o que vai mudar a partir de agora?
Não irá mudar muita coisa. A casa está bem referenciada pelo acolhimento e pela qualidade. No meu ponto de vista, não há necessidade de mudar muita coisa. O staff manteve-se, e aproveito para deixar o meu sincero agradecimento a todos eles. Assumiram a continuidade na casa, com novo corpo gerente, o que nos ajudará a dar continuidade com toda a qualidade.
A sua equipa de trabalho é bastante jovem. Quando convidou os corpos gerentes qual foi a sua motivação?
Digamos que é um misto de juventude com experiência. O que me motivou na escolha foi a visão da casa daqui a uns anos. É na juventude que está o futuro e na experiência o sucesso. Penso que temos os ingredientes certos para fazer um bom trabalho. A escolha nesta equipa está também relacionada à confiança que tenho em cada um. Isso é sem dúvida uma mais valia.
Está nos projectos futuros criar grupos, como uma equipa de futebol, um rancho, um grupo musical entre outras actividades culturais?
Sim, está nos nossos projetos. Esperamos num futuro muito próximo criarmos uma equipa de futsal masculino e feminino. Estamos a analisar outras possibilidades mas, o futebol sim, é um objetivo para imediato.
Sabemos que o Benfica está a pedir às respetivas casas com sede em todo o mundo uma reviravolta em termos de decoração e estratégia de trabalho. Para quando um novo visual na Casa do Benfica Lenzburg.
Sim, é verdade, o Benfica está pedir às casas que deem esse passo. Nós queremos dar o passo e é algo que está em processo. Sabemos que é um trabalho árduo e vai exigir de nós um esforço extra, mas é isso que nos motiva e nos dá ainda mais motivação neste projeto. Talvez este ano não irá ser possível, mas no próximo ano é um objetivo completamente traçado pela direção.
No dia que nos encontramos para esta entrevista, teve casa esgotada, como viveu a escolha da Comunidade Portuguesa à Casa do Benfica?
É verdade, tivemos casa esgotada. Enquanto presidente desta casa, foram vários os sentimentos: orgulho e acima de tudo gratidão, pois esta casa do Benfica, com quinze anos de História e existência, é aquilo que é, graças a toda a comunidade Portuguesa.
Quero deixar aqui uma palavra de apreço a todos os sócios, amigos e clientes da nossa casa que são os que fazem que tudo isto seja possível. São o combustível necessário para que possamos pensar num futuro risonho.
A toda esta comunidade, em meu nome pessoal e em nome todos corpos gerentes, um muito obrigado de coração.
Qual é o seu maior objectivo com Presidente desta Casa?
É dar continuidade ao grande trabalho feito pela última presidência. É poder deixar a nossa marca na casa com trabalho feito. É deixar a casa para uma próxima direção com dever de missão comprida. É cumprir os objetivos traçados. É ver a casa nos próximos anos no topo, sendo com nossa direção na frente ou com outra direção.
Está nos seus planos ter programas culturais, tais como noites de Fado, Poesia, leitura, ditados, tudo em Português, enfim, algo diferente, para manter a comunidade unida e fazer valer a diferença?
Com certeza. Portugal e os Portugueses não é só Futebol. Somos um povo muito rico a nível cultural. Iremos fazer tudo ao nosso alcance para que isso seja uma realidade
Já está a ser trabalhado para este inverno uma noite de Fados. Queremos contribuir para que a nossa cultura nunca seja esquecida e ainda mostrar a nossa grandiosidade enquanto portugueses.
Agradeço a sua disponibilidade e simpatia com que fui recebida.
Maria dos Santos