› Fernando Morgado
Dia de Nossa Senhora de Fátima é data de recolhimento e oração, assim como de festa e partilha fraterna. Foi com este espírito que em Genebra se apresentou Zé Amaro, um homem de fé e um artista muito querido por esse mundo fora. Dúvidas houvesse, este homem sabe como animar a malta.
Na Sala Palladium a abarrotar pelas costuras, Zé Amaro, como de costume, proporcionou aos presentes um espetáculo pleno de alegria, cor, luz e a sua forma tão própria de interpretar a música que todos conhecemos. Duas horas de caras alegres e foi ao ritmo dos seus acordes que o jantar se digeriu mais rapidamente e que algumas agruras da vida se esqueceram por um momento.
Zé Amaro, amigo de longa data da comunidade, uma vez mais em Genebra. É muito gratificante ver-te em forma e com toda a tua energia…
Obrigado pelas tuas palavras. É com o coração cheio que estou com a comunidade e com pessoas tão especiais. E obrigado a todos vós, da comunicação social portuguesa por esse mundo fora, por estarem presentes nestes eventos. É importantíssimo para nós artistas, com mais ou menor exposição, que vocês nos ajudem a divulgar e a levar alegria a todos os portugueses. Por isso, agradeço à Gazeta Lusófona e à Radio Arremesso este espaço.
Nós tentamos transmitir o que sentimos e vivemos convosco. Alegria, energia, serenidade. Tudo isso se passou no palco e as pessoas sentiram, do primeiro ao último acorde. Como e onde vais tu buscar tudo isso?
Eu também senti. O amor das pessoas, a alegria nos seus olhos. É espetacular! Depois de fazermos uma viagem, chegar aqui e ver todas estas caras felizes, é quando nos sentimos verdadeiramente bem e a fonte onde bebemos para continuarmos. É recíproco e, por vezes, até acho que disfrutamos mais. Esta é a nossa gente, a nossa cultura e é isso que nos traz sempre com vontade de estar com as comunidades por todo o lado. Foi uma noite fantástica, maravilhosa.
Tens uma longa carreira, feita a pulso, com altos e baixos, mas sempre positivo. No teu período mais complicado, na tua doença, acreditaste e renasceste, tal qual a Fénix das cinzas…
Sim. Julgo que foi uma oportunidade que Deus me deu. Deu-me a oportunidade de fazer as pessoas felizes com a minha música, e eu acho que faço falta. A minha energia e a positividade de vida acho que são importantes para quem me ouve e segue. Deus ajudou-me nesse sentido e tento aproveitá-la ao máximo. Acreditar! É para mim é a palavra mais forte que existe. E quando nós acreditamos, tudo pode acontecer seja em questões de saúde ou outras, acreditar é uma palavra muito importante e que está sempre na minha mente e eu acreditei. Além disso, a força dos fãs, das pessoas que gostam de mim, formaram uma corrente maravilhosa que igualmente me ajudou.
Maravilhoso. És importante para toda esta gente anónima, estas multidões que assistem às tuas atuações porque sabem que quando tu chegas enches as salas todas de alegria muito importante para todos nós. Estão em tour, por Portugal e pelo mundo. Podemos encontrar as datas nas tuas redes sociais?
Sim, estamos a fazer um tour, com a minha maravilhosa equipa, voltamos para Portugal amanhã para uma série de concertos que tem o ponto alto no Coliseu do Recreios, em Lisboa. É a primeira vez em Lisboa, no Coliseu, e estamos ansiosos por esse dia. Até porque, está praticamente esgotado. Comemorar 15 anos de carreira numa sala tão emblemática para os artistas é excecional.
Depois de duas horas de atuação, sei que tens o teu séquito de fãs à espera por um autógrafo e a selfie da praxe. Agradecemos a tua amabilidade e peço que deixes uma mensagem para a comunidade…
A palavra mais importante que posso deixar é a de esperança. Eu sou a prova que devemos ter sempre esperança. Além disso, que continuem, como hoje, a apoiar os artistas portugueses. Mantenham a fé, ela move montanhas.