› Ígor Lopes
Natural da cidade do Funchal, na ilha da Madeira, Rute Maria Canha Silva, de 52 anos de idade, vive hoje em Aargau, Laufenburg.
Tem família na Madeira, em Leiria e em Lisboa, e não dispensa, sempre que possível, o convívio com os mais próximos no país helvético.
“A minha vida na Suíça é trabalhar e, quando posso, junto-me com amigos para uma jantarada. Sinceramente, viver na Suíça é bom, já foi melhor, mas não é mau de todo”, afirmou esta portuguesa, que trabalha numa empresa de limpezas numa unidade hoteleira.
Rute Silva, que afirma que não frequenta clubes ou restaurantes portugueses, mas que se junta com os amigos que dividem a mesma nacionalidade, revela que os portugueses são muito bem recebidos na Suíça.
Para matar as saudades de Portugal, comenta que assiste aos canais portugueses na televisão portuguesa e que, quando tem oportunidade, viaja até Portugal.
“Quando regresso a Portugal, é uma alegria enorme. Respiro fundo e vem aquela lágrima ao canto do olho. É muito bom”, recordou Rute, que vive sozinha na Suíça e fala alemão.
Esta portuguesa não pensa, para já, voltar a viver em Portugal.
É mãe de duas filhas e não esconde que a Suíça significa muito para si, “a nível de educação, trabalho e cultura, é muito bom”.
“Infelizmente, a imagem que tenho de Portugal é muito triste. Vim viver na Suíça porque queria viver uma aventura e por cá fiquei”, sublinhou.
Rute vê diferenças no estilo de vida entre Portugal e a Suíça, “como os ordenados e o custo de vida, que são totalmente diferentes”.
Questionada sobre como vive o coração do imigrante português na Suíça, Rute é enfática: “Vivo com muita saudade da minha terra”.
Por fim, esta portuguesa, de alma madeirense, diz esperar “ter saúde e muita força para continuar a trabalhar”.