No âmbito do programa Same Migrant Community (SMC), durante o ano letivo de 2024/2025, seis oficinas científicas foram já realizadas na Suíça, com mais três agendadas para o mês de junho.
Nos dias 11 e 21 de junho de 2025, realizaram-se duas oficinas de português dedicadas a crianças, em Zurique e Lausanne, respetivamente. A oficina em Zurique contou com crianças entre 7 e 14 anos, enquanto a de Lausanne foi destinada a crianças entre 6 e 10 anos. As sessões foram promovidas no âmbito do programa Same Migrant Community (SMC), tendo sido coordenadas por Francisco Marques e Rita Oliveira, da Native, e dinamizadas pela professora Albertina Lopes, do Instituto Camões.
Esta iniciativa marcou o encerramento das oficinas de ciência em português na Suíça durante o ano letivo de 2024/2025. Com base no sucesso alcançado e no envolvimento das comunidades, a Native Scientists tenciona dar continuidade ao programa em 2026, alargando o alcance destas oficinas e reforçando o compromisso com uma educação mais inclusiva, acessível e culturalmente relevante.
Degustar ciência: um laboratório de curiosidade
As oficinas seguiram o modelo “Tapas de Ciência”, um formato dinâmico que convida os alunos e alunas a circularem por várias estações temáticas, cada uma dedicada a uma área distinta do saber científico.
Num ambiente de constante descoberta e em língua portuguesa, as crianças envolveram-se numa autêntica viagem científica, através de vídeos, imagens e objetos ilustrativos, repleta de novas aprendizagens e experiências. Os alunos e alunas exploraram o fascinante mundo dos animais, aprendendo sobre as suas características através de conteúdos visuais que despertaram a curiosidade. Descobriram a densidade óssea do corpo humano e aprofundaram o funcionamento do cérebro e dos neurónios, compreendendo melhor como somos por dentro. E com um espírito de investigadores, recolheram e analisaram dados e amostras, tal como verdadeiras pessoas cientistas.
Cada atividade foi pensada para tornar a ciência acessível, estimulante e significativa, ajudando as crianças a relacionarem-se com o conhecimento de forma próxima, criativa e culturalmente relevante.
Um passo concreto para um futuro mais inclusivo
As oficinas inserem-se num esforço contínuo para reduzir desigualdades no acesso à educação científica, especialmente entre crianças migrantes. De acordo com dados da União Europeia e das Nações Unidas, estas crianças têm, em média, o dobro da probabilidade de apresentar baixo desempenho em ciências em comparação com colegas não migrantes.
O programa SMC, ao promover encontros entre cientistas e crianças que partilham a mesma língua e herança cultural, contribui para reforçar a literacia científica, combater estereótipos associados à ciência e inspirar futuros percursos académicos.
O entusiasmo das crianças e o envolvimento dos educadores e cientistas confirmam o impacto positivo destas atividades na construção de pontes entre ciência, cultura e identidade.
Uma história comprovada de impacto
Há mais de 10 anos, o programa SMC tem transformado a educação em toda a Europa, com o apoio de parceiros como o Instituto Camões, e outras organizações. No ano passado, em apenas dois meses, o programa alcançou nove países diferentes, incluindo Suíça, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha e Irlanda, refletindo o seu crescente impacto internacional que assegurará que mais crianças tenham acesso à ciência.
Para mais detalhes sobre o programa SMC ou para agendar entrevistas, visite nosso site ou entre em contato com Joana Bordalo, Head of Operations, pelo e-mail joana.bordalo@nativescientists.org
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Sobre a Native Scientists
A Native Scientists é uma organização pan-europeia que estabelece ligações entre cientistas e comunidades locais, com o objetivo de promover o orgulho cultural e a igualdade de oportunidades na educação. Através de oficinas inovadoras, inspira a próxima geração de cientistas, celebrando a riqueza da diversidade linguística e cultural.
NOTA: Na última edição, na página 18, onde se lia “Crisostomos” deveria ler-se Crisóstomo e devem ser realçados, também, os nomes de Sónia Morais e Albertina Dias.
Native Scientists