A Suíça continua a liderar a lista de países de origem das candidaturas do Programa Regressar, com mais de três mil candidaturas ao Programa, o que representa 30% de todas as intenções de regresso por parte de portugueses e lusodescendentes emigrados. A seguir à Suíça estão França, Reino Unido, Alemanha e Brasil. A Europa é responsável pelo maior número de candidaturas, seguida de África.
Atualmente, o Programa Regressar contabiliza mais de 12.600 candidaturas, tendo potencialmente abrangido mais de 28 mil pessoas. Desse montante, 91% são ex-emigrantes portugueses e 9% são familiares de emigrantes lusos. Somente este ano, o Programa já recebeu mais de 2.250 candidaturas, beneficiando perto de cinco mil portugueses. A taxa de aprovação é de 75%.
Segundo José Albano, “o Programa Regressar assume-se como um programa estratégico de apoio ao regresso de todos aqueles que, por qualquer razão, tiveram de sair de Portugal e agora querem regressar em condições de segurança, estabilidade e conforto económico e financeiro (…) O nosso objetivo é apoiar os emigrantes portugueses, bem como os seus descendentes e outros familiares de modo que tenham menores custos de transição associados ao seu regresso”.
Este responsável esclarece ainda que “a taxa de regressos a Portugal referentes à Suíça é demonstrativa da vontade dos portugueses em quererem regressar, sendo o país com maior número de regressos desde o início do Programa, contando com mais de três mil candidaturas, oriundos de terras helvéticas”.
O Programa Regressar conta com várias áreas de intervenção, nomeadamente, “divulgação de ofertas e apoios de emprego, incentivo à Educação, à Formação Profissional e ao contingente especial de acesso ao Ensino Superior, bem como o próprio reconhecimento de habilitações académicas e qualificações profissionais, além da mobilidade geográfica e na fiscalidade.
O apoio financeiro previsto destina-se a quem inicia atividade laboral, em Portugal continental, mediante a celebração de um contrato de trabalho com o mínimo de 12 meses ou mediante a criação do próprio emprego ou empresa.
“Viver numa sociedade mais justa e solidária é o que nos move a todos e, com o apoio do Programa Regressar, estamos todos os dias a contribuir para que as famílias possam voltar a estar juntas, as freguesias e concelhos mais despovoados voltarem a ter vida, e um pai e mãe possam ver crescer os filhos, junto dos seus. Permitir crescer junto dos nossos é ir ao encontro da vontade de muitos portugueses”, comentou José Albano, que sublinha que “o nosso país precisa que os portugueses emigrados regressem a Portugal, sendo que os mesmos têm essa vontade em regressar, ao mesmo tempo que sentem essa aposta por parte do Governo, o que, por si, justifica não só a continuidade do Programa, como o reforço diário para a concretização de objetivos ainda mais ambiciosos”.
“Eu próprio como lusodescendente posso avaliar o sentimento de amargura em quem deixa tudo para trás e integra-se em países estrangeiros à procura de melhores condições de vida. Quando se trata do regresso, a situação de mudança também exige muita coragem, pois, mais uma vez, está a virar-se as costas a tudo o que se criou, mas atenua e muito, a satisfação de regressar ao nosso país, para junto dos familiares, vizinhos e amigos. Cada parceiro é nosso Embaixador, cada cidadão que regressa, é nosso Embaixador, pois todos falamos a uma só voz, transmitindo uma mensagem simples: o País precisa de vós, está na hora de voltar a Portugal”, defendeu o diretor executivo do Programa Regressar.
José Albano comemora o número de pessoas que regressou a Portugal até ao momento, “o que é motivo de orgulho”.
“Temos a convicção de que os números da Suíça e de outros países irão continuar a aumentar, uma vez que a economia dos países de acolhimento trouxe aumentos substanciais, quer em termos habitacionais, quer em termos fiscais e de outras despesas, levando a que os portugueses ponderem regressar às suas origens. Ajudámos já milhares de portugueses a concretizarem o sonho de regressarem a Portugal, mas queremos ir mais longe”, finalizou José Albano.
Ígor Lopes