› Adélio Amaro
“Um espaço de vivência coletiva, diálogo e partilha de saberes”. É desta forma que se apresenta o Museu Nacional Ferroviário, no coração do concelho do Entroncamento, distrito de Santarém, que o Gazeta Lusófona teve oportunidade de conhecer.
Com um fantástico acervo, uma das melhores coleções da Europa, o Museu Nacional Ferroviário apresenta uma rica coleção de peças associadas à temática ferroviária, como locomotivas, carruagens e vagões, entre outras, numa panóplia de objetos que complementam o mundo ferroviário. São cerca de 36 mil peças que contam a história de mais de 160 anos do caminho-de-ferro em Portugal.
Neste Museu é possível contemplar as primeiras locomotivas a vapor e fazer toda a viagem até ao transporte ferroviário do futuro.
Seja qual for a idade do visitante, o Museu Nacional Ferroviário é um atraente espaço de vivência coletiva, diálogo e partilha de saberes que permite conhecer “o património cultural e o papel histórico, simbólico e tecnológico do transporte ferroviário em Portugal”.
“O caminho-de-ferro desbravou novos territórios, criou cidades, ligou comunidades, criou e sustentou novas ofertas e necessidades, mudando a forma de ver o mundo. Desta forma, o Museu Nacional Ferroviário ultrapassa as fronteiras do território nacional, remetendo-nos para uma perspetiva singular da história da Europa e do Mundo, conferindo-lhe uma abrangência internacional.”.
Um dia é pouco para conhecer as narrativas, sejam elas individuais ou coletivas, que o Museu nos dá conhecer. Entrar neste templo ferroviário é conhecer um mundo sem fim de estórias e histórias que nos fazem transbordar para descobertas constantes, num universo de peças aliadas de informação e documentação.
Na visita é possível, por exemplo, descobrir objetos únicos e associados a temas como as antigas estações, as escolas de aprendizes, a construção e manutenção da via, assim como a medicina, a hotelaria e o modelismo.
Conhecer, visitar e até tocar em locomotivas, carruagens, salões ou vagões é uma experiência única que nos permite, também, conhecer autênticos tesouros nacionais como os comboios Real e Presidencial.
Todavia, não é apenas o espólio ou acervo que se pode contemplar, o Museu permite, aos visitantes, terem experiências com diversas atividades, desde a condução de uma locomotiva no simulador de condução ferroviária ou viajar no circuito de modelismo tripulado.
Este é um Museu de verdadeira dimensão nacional. A sua coleção está em diversos pontos do país, espalhada em mais sete núcleos museológicos: Arco de Baúlhe (Cabeceiras de Basto); Bragança; Chaves; Lousado (Vila Nova de Famalicão); Macinhata do Vouga (Águeda); Lagos (Algarve) e Valença.
Tudo isto é possível porque a Fundação Museu Nacional Ferroviário é herdeira destes oito centros. Para que tudo funcione, a Fundação tem celebrado protocolos de gestão partilhada com diversos municípios, os quais assumem a gestão operacional, entre eles a Câmara Municipal do Entroncamento que tem neste Museu um centro atrativo de cultura, história e partilha.
Estas linhas são poucas para descrever o mundo que encontramos no Museu. Tantas estórias da História de Portugal… Por isso, o melhor é visitar. Ficará, decerto, deslumbrado com o que irá encontrar…
Centro Nacional de Documentação Ferroviária
Para os investigadores e historiadores, o Museu / Fundação disponibiliza o Centro Nacional de Documentação Ferroviária, aberto ao público desde 2009. Este é um centro especializado com a “missão de estudar, conservar, valorizar e divulgar o acervo documental ligado à história ferroviária em Portugal”. Este Centro tem vindo a recolher e a tratar documentação diversa e relacionada com os caminhos-de-ferro, com destaque para os séculos XIX e XX. Além de ter recebido documentação de aquivo preveniente de fundos históricos da CP – Comboios de Portugal, E. P. –, tem, ainda, bibliografia técnica, publicações periódicas e coleções doadas por particulares.
Contatos e horário
Museu Nacional Ferroviário
Rua Eng. Ferreira de Mesquita, nº 1 A, 2330-152, Entroncamento.
De terça-feira a domingo: 10h00 às 18h00. Encerra dia 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro. Telf: +351 249 130 382; E-mail: museu@fmnf.pt; Internet: https://www.fmnf.pt/pt