José Inácio Sebastião tem 51 anos de idade e é natural de Abrantes, mas reside em França. É candidato pelo partido MAS pelo círculo europeu.
Que políticas gostaria de valorizar em relação às comunidades portuguesas na Europa?
Políticas de proximidade que respondam às necessidades dos emigrantes, por essa razão, apresentamos propostas claras sem demagogia que foram discutidas com forças vivas das comunidades sobre problemas concretos como a área consular. Propomos redefinição das áreas consulares, mais consulados (consulados de proximidade) conselhos consulares eleitos. Ter um provedor do emigrante, onde os emigrantes possam dirigir as suas queixas e proposições, denunciar o que não funciona, como em todos os consulados, biblioteca de livros em português, assim como o gabinete de apoio aos jovens e mulheres e apoio jurídico, ensino da língua portuguesa de qualidade e gratuita. Leis que respeitem os emigrantes para evitar a vergonha como foi a anulação dos votos dos emigrantes, o Mas já em 2019 propôs o ministério da emigração por considerar uma medida da maior importância.
Qual a importância da diáspora portuguesa que vive nos países europeus, destacando a Suíça?
A diáspora portuguesa está extremamente mal aproveitada por Portugal. O nosso político só vem os emigrantes no período eleitoral, não têm tido a capacidade de aproveitar as forças vivas das comunidades, e não têm dado a importância ao CCP que ele merece nem as condições para poder trabalhar e, sobretudo, faz orelhas surdas às proposições feitas pelo CCP. O meio associativo está abandonado, o regulamento de apoio às associações não toma em conta as necessidades das associações nem as especificidades de cada país como, por exemplo, da Suíça. A comunidade portuguesa da Suíça foi a comunidade que mais contribui com o envio de remessas financeiras para Portugal, ao contrário foi a comunidade e o meio associativo que menos apoios teve de Portugal.
Que mensagem deixa para os eleitores?
Desde 1976 que os deputados que representam os emigrantes são do mesmo partido e são os culpados por toda esta trapalhada que levou o tribunal a ordenar a repetição das eleições, não é uma fatalidade ter sempre os mesmos que só se interessam pelos emigrantes no período eleitoral, e que não são emigrantes. Está na hora de eleger emigrantes para representar emigrantes. O MAS apresenta-se as eleições como força política credível e conhecedora dos problema da emigração. Voto útil é votar MAS. Não te abstenhas, VOTA MAS.