Festival de Folclore de Locarno valorizou tradições
› Óscar Prazeres
Com a cidade de Locarno vestida de Primavera, o Rancho Folclórico “Os Amigos de Locarno” festejaram o décimo segundo festival de folclore.
Quatro anos ausentes e, finalmente, presentes em 2024 para render homenagem à cultura folclórica.
O Centro Scolástico Levertezzo, onde sempre se realizou este tradicional festival, recebia o Rancho Folclórico “Raízes Lusitanas de Nyon”, o Rancho Folclórico “Dcdnt Arbon”, o Rancho Folclórico “Terras de Portugal de Lucerne” e o rancho organizador “Os Amigos de Locarno”.
O ambiente festivo e com uma forte nuvem de emoção em toda a sala, jantava-se o tradicional bacalhau à moda da casa e o lombo assado confecionado pelos elementos do grupo folclórico, a quem damos os parabéns pelo empenho, pois estava excelente no sabor e apresentação. As sobremesas variadas faziam água na boca.
Pela primeira vez, o público via atuar o Rancho “Raízes Lusitanas de Nyon”, que também eles se viram obrigados a fazerem uma pausa logo após a criação do grupo. Defende com garra o folclore do Minho e estão determinados a fazer do seu grupo um exemplo para todos.
Os aplausos sentiram-se como forma de agradecimento para este jovem rancho que promete num futuro recente estar à altura sonhada. Desejamos-lhes muito sucesso por terras helvéticas e além-fronteiras.
O Rancho de Arbom, sorridente e seguro de si, entrava compassadamente no palco e mostravam que o folclore é a arte que os faz viver, respirar e lutar pelas raízes ancestrais. A sala encheu-se de aplausos, pelo ritmo, coreografias e trajes.
O Rancho Terras de Portugal desfilou alegremente até ao palco, onde surpreendeu a todos, com uma entrada etnográfica digna de uma bola de ouro. Com coreografias novas, este rancho destaca-se por dançar o folclore de norte a sul incluindo a Madeira.
A sala estava de tal forma entusiasmada que se dançou duas vezes o clássico vira geral.
E, por fim, com uma sala a transbordar de emoção, recebia-se o rancho organizador em pé, aplaudindo até à grandiosa entrada em palco. Foi como renascer, recomeçar, mas sempre dentro do ritmo folclórico, como se não tivessem estado parados por quatro anos.
Todos os elementos firmes nas danças sentiam que tinha valido a pena reorganizar o grupo e mostrar a todos que estão prontos para aceitar e desafiar o futuro folclórico. A atmosfera nunca tinha sido tão cúmplice entre o público e o rancho, posso mesmo dizer os ranchos.
A entrega das fitas e uma telha desenhada com o coração de Viana arrancou o melhor momento da noite. Felicidade plena em todos aqueles que se identificam com as mais profundas raízes da nossa cultura. A grandiosidade deste festival recaiu no esforço de todos aqueles que fizeram dele uma noite cultural.
Um grande obrigado também a todos os patrocinadores que acreditaram nos “Amigos de Locarno”.
O baile e som coube a Diogo Ferreira que soube ir ao encontro do gosto musical dos amantes da dança.