Editorial
O Gazeta Lusófona inicia a sua edição n.º 264 com uma entrevista a Maria José Pereira Giardelli, natural de Armamar, imigrante portuguesa a viver no cantão de Ticino. Está na Suíça há mais de 40 anos e considera que “não é uma vida fácil, trazem sempre a saudade gravada no coração” (pág. 4).
A experiência de Luís Gaspar da Silva, diplomata português que atuou na ONU, passou pela Europa, África e está agora no Brasil, é contada através de uma entrevista que o nosso jornal teve oportunidade de lhe fazer. (págs. 5 e 6).
Em Portugal um estudo da DECO revelou que Viseu, Leiria, Braga e Viana do Castelo são as cidades com mais qualidade de vida. O referido estudo resultou de um inquérito realizado a cerca de 3.500 portugueses sobre a qualidade de vida das cidades em Portugal (pág. 6).
Tal como anunciamos na edição anterior, através de uma entrevista a Florbela Costa, residente na Suíça, um pequeno helicóptero da Nasa está “pronto” a voar em Marte com peças projetadas por esta cientista portuguesa. Na presente edição damos a conhecer alguns pormenores deste projeto que deixa os portugueses orgulhosos pelo envolvimento de uma portuguesa (pág. 7).
A primeira semana assolou Portugal com as notícias tristes dos falecimentos de Jorge Coelho, ex-ministro, 66 anos, e de António Almeida Henriques, presidente do Município de Viseu, 59 anos, vítima do novo coronavírus (pág. 8).
Um dos principais destaques é a entrevista do nosso jornalista Ígor Lopes ao Cônsul-Geral de Portugal em Genebra, Bruno Paes Moreira, que analisou a vida na Suíça, mencionou o papel dos lusodescendentes, destacou o trabalho consular e defendeu a importância das associações portuguesas em solo suíço, prometendo “empenho e dedicação” no desempenho das suas funções (pág. 16 e 17).
Uma outra entrevista que damos a conhecer, pelo jornalista Orlando Fernandes, é com a grande atriz Eunice Muñoz que o recebeu em sua casa e falou sobre a sua grande paixão pelo Teatro (pág. 19).
O Gazeta não ficou, uma vez mais, alheio à Covid-19 que tanto tem lesado o mundo, social, económica e humanamente. Destacamos as novas regressas de acesso ao país até meados de abril (pág. 11), a segunda parte das perguntas e respostas mais frequentes sobre o novo coronavírus (págs. 20 e 21), os descontos em testes à Covid-19 praticados pela TAP (pág. 24) e o balanço da pandemia em Portugal e na Suíça (pág. 27).
Entre as diversas atividades que decorrem por Portugal e do mundo lusófona damos a conhecer algumas, das centenas que mereciam igual destaque, como são exemplo os artistas de Viana do Castelo que celebram a Primavera com festival on line (pág. 10). Damos informação, com a intervenção do nosso colaborador Daniel Bastos, sobre o Festival das Migrações, Culturas e Cidadania em tempos de pandemia que se realizou no Grão Ducado do Luxemburgo (pág. 12), a apresentação da obra coletiva sobre Hospitais e Saúde luso-brasileira que foi distinguida no Brasil (pág. 12) e o prémio melhor do Brasil nos EUA, numa parceria com a ALALS – Académie des Lettres et Arts Luso-Suisse (pág. 22).
Ainda na área cultural damos a conhecer o grupo “Teatro à solta” que tem o sonho de atuar para a comunidade portuguesa na Suíça (pág. 13) e a nova antologia que a “Rede Sem Fronteiras” está a promover (pág. 26).
Nos vários artigos de opinião, todos eles ricos em informação, são de destacar o Consultório Jurídico, assinado pelo advogado Emanuel Teixeira, que nos lembra os 45 anos da Constituição da República Portuguesa (págs. 9 e 10). O escritor João Morgado apresenta a segunda parte dos 500 anos da morte de Fernão Magalhães, que se assinala no dia 27 de abril (pág. 14). Na área da saúde Luís Azevedo, especialista em Cirurgia Plástica, escreveu sobre “Abdominoplastia e Lipo-abdominoplastia” (pág. 18). Rui Miguel Mendonça, comunicador e consultor de comunicação, apresentou a sua opinião sobre como comunicar em tempos de pandemia (pág. 23). Já Filinto Lima, professor e presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, salientou os professores que abraçam a sua profissão (pág. 24). O deputado do PS, Paulo Fisco, escreveu sobre o “Brilho perdido do Reino Unido” (pág. 25) e o deputado do PSD, Carlos Gonçalves sobre “Um Governo que não compreende o papel relevantíssimo do movimento associativo da diáspora” (pág. 26). Juliana Martins, professora de Direito Ambiental, apresenta a interrogação “Podemos continuar?”, com base na pandemia (pág. 30).
Ainda na área da opinião apresentamos os textos relacionado com a História: a segunda parte sobre “A Festa dos Tabuleiros de Tomar no final do século XIX” da autoria do investigador Carlos Camponês (pág. 28); a segunda parte sobre os termos e expressões populares da Alta Estremadura, assinado pelo investigador Vasco Jorge (pág. 29) e o primeiro apontamento sobre “Portugueses a não esquecer”, destacando António Campos Júnior (1850-1917), firmado por Adélio Amaro (pág. 30).
Na próxima edição traremos novas informações, mesmo sabendo que a fase que o mundo atravessa não é fácil, tendo esta pandemia fechado, praticamente, todas as associações portuguesas na Suíça.
Qualquer informação que tenha conhecimento não hesite em divulgar. Envie, por favor para os nossos contatos.
Adélio Amaro