› Adélio Amaro
O grupo UHF regressa à Suíça para participar na Festa dos Campeões que terá lugar em Payerne, no próximo dia 9 de setembro. A organização identifica este evento como sendo “o maior convívio de benfiquistas da Suíça” e contará com a presença dos benfiquistas Toni e Nuno Gomes, na Sala Halle des Fêtes, na Av. Du Stade.
O evento contará com muita animação musical com realce para o Rancho Arcuense, o PKADJ, a OceaneLopes, os Cavaquinhos das Alegrias do Norte, a fadista Salomé Oliveira e como cabeça de cartaz o grupo UHF, liderado pelo António Manuel Ribeiro.
Antecipando a partida para a Suíça, o Gazeta Lusófona falou com o fundador dos UHF com o objetivo de conhecer as expectativas do grupo UHF neste regresso ao país helvético.
António Manuel Ribeiro manifestou estar duplamente contente: regresso à Suíça e ser uma festa benfiquista, clube do seu coração.
Sublinhou que o grupo já participou em “muitas festas benfiquistas na Suíça e é sempre novo e emocionante”, acrescentando que este tipo de eventos “aprofunda a alma portuguesa fora de Portugal, mais do que uma festa encarnada, iremos certamente ter connosco portugueses de outras cores. É o fator música a unir as pessoas”.
Quando questionado sobre o regresso à Suíça, afirmou que “é sempre bom estarmos com aqueles que um dia procuraram ganhar a vida fora do nosso país. Que possamos levar-lhes um pouco desse sonho português que nos veste a história de tantos séculos de coisas boas. É bom não ignorarmos a herança que recebemos”, referiu António Manuel Ribeiro.
Ao perguntarmos como vê o trabalho desenvolvido pelos portugueses nas diversas áreas associativas e profissionais na Suíça, o vocalista dos UHF salientou que “primeiro espantou-me, depois integrei: gente de trabalho e ideias produzem coisas boas e sabem integrar-se na sociedade helvética. No caso concreto das Casas do Benfica, há uma entreajuda a quem chega pela primeira vez que é uma ação cívica fantástica. Já vi acontecer isso noite dentro, receber um casal jovem e orientar a estadia e as hipóteses de trabalho. À meia-noite, é obra”, enalteceu.
A curto prazo os UHF pretendem lançar o novo disco de originais, fazer um bom ano de concertos e “preparar os 45 anos sobre o primeiro concerto a sério, nos idos de 18 de novembro de 1978. Fomos os primeiros a tornar a música uma profissão séria, exigente, sólida, capaz. E, com isso, integrámos a cultura portuguesa contemporânea”, concluiu António Manuel Ribeiro.