Mais de 260 mil portugueses vivem na Suíça
Dados divulgados este ano pela Secretaria de Estado das Migrações da Suíça mostram que estão a viver na Suíça, a título permanente ou temporário, 260.921 cidadãos portugueses, o que significa menos 2.005 pessoas do que no ano de 2019.
“Interessa referir que, depois de um intenso fluxo de portugueses para a Suíça durante cerca de dez anos, em 2016 verificou-se, pela primeira vez após o começo da crise financeira, um balanço migratório negativo, ou seja, o número daqueles que regressaram ao nosso país foi superior ao daqueles que continuaram a chegar”, explicou António Manuel Ricoca Freire, Embaixador de Portugal na Suíça, que mencionou que “a maior concentração de portugueses encontra-se em toda a Suíça francófona, embora com maior incidência no Cantão de Vaud. Seguem-se, por ordem decrescente, Genebra, Valais, Zurique, Berna e Neuchâtel, sobretudo nas áreas urbanas”.
Este diplomata português menciona que, na sua opinião, a Suíça oferece “uma interessante e variada experiência em muitos aspetos, mas, sobretudo, sob o ponto de vista político, dada a originalidade do seu sistema, tão diferente da larga maioria das democracias parlamentares europeias: a constituição multipartidária do seu Conselho Federal a autonomia cantonal e a tão característica e ativa democracia direta. Numa outra perspetiva, a Suíça é um país com uma das mais belas paisagens naturais da Europa, fácil de percorrer, por estrada ou de comboio, e um regalo para a vista”.
“Ao longo destes três anos e meio de estadia, foi-me grato testemunhar o generalizado apreço pela comunidade portuguesa, a terceira maior comunidade estrangeira na Suíça, depois da italiana e da alemã. Na verdade, desde o presidente da Confederação, Alain Berset, quando lhe apresentei as minhas cartas credenciais, e outros Departamentos Federais, passando por Governos cantonais e até às autoridades municipais, incluindo ainda associações empresariais e sindicatos suíços, de todos os meus interlocutores eu recebi palavras de estima e de confiança nas qualidades profissionais e humanas dos cidadãos portugueses – lealdade, dedicação e qualidade do trabalho, caráter pacífico e amabilidade”, comentou este embaixador.
Ígor Lopes