› Leonardo Flores
No último dia 2 de novembro, decorreu a noite de integração para os residentes portugueses e espanhóis em Genebra. A Universidade de Neuchâtel, através do Escritório de Integração dos Estrangeiros do Cantão de Genebra (BIE) e em conjunto com o Serviço de Coesão Multicultural (COSM), promoveu um projeto sob a responsabilidade de Denise Efionayi-Mader e Rosita Fibbi.
Trata-se de um estudo que foi realizado sobre a inclusão política de pessoas estrangeiras, em especial, membros das comunidades hispânicas e lusófonas. O projeto foi realizado através do Fórum Suíço para o estudo das migrações e da população da Universidade de Neuchâtel, em colaboração com o Instituto de Demografia e Sócio-Economia (IDESO) da Universidade de Genebra.
Durante um estudo aprofundado e documentado, uma equipa realizou várias reuniões com membros e representantes das comunidades portuguesas e espanholas para dar vez e voz a cada cidadão que, historicamente, ainda não se sente verdadeiramente integrado na sociedade suíça e que vê no voto uma oportunidade de se sentir pertencente como cidadão. A noite contou ainda com a acolhida de Salima Moyard, conselheira administrativa da Cidade de Lancy. A responsável pela autarquia explicou a importância desta integração para as comunidades ibéricas. Logo em seguida, tivemos a palavra do Conselheiro de Estado do Departamento da Coesão Social do Cantão de Genebra, Thierry Apothéloz, que fez uma abordagem histórica de acolhida dos diversos cantões que abraçam esta temática.
Em seguida, Rosita Fibbi e Leonie Muggin apresentaram as conclusões do estudo e o eixo temático “Somos apenas locatários”, como a impressão sentida pelas comunidades da península ibérica. Além de gráficos e documentos que fundamentaram o projeto, a apresentação contou com diversos testemunhos das comunidades hispânicas e lusófonas que partilharam a respeito das suas vivências neste processo integrativo. Um momento de confraternização que foi abrilhantado com um coquetel com pratos típicos das duas comunidades.
Um grande momento de convívio para os diversos representantes das associações e membros das instituições presentes no evento. A conclusão é que a participação política dos estrangeiros ganha espaço e promove a estes cidadãos a oportunidade de se sentirem não só ouvidos, mas, também, representados e integrados na sociedade helvética.