No passado dia 21 de novembro, realizou-se na sala de espetáculos do Clube Moods, em Zurique, a segunda noite do Festival LusoSonic.
Esta é uma iniciativa promovida pelo Consulado Geral de Portugal em Zurique, em colaboração com a produtora local ADALU, com o objetivo de divulgar a música e a cultura de expressão portuguesa. Recorda-se que a inauguração do Festival ocorreu no passado dia 10 de novembro, com o concerto esgotado da fadista portuguesa LINA_, no mesmo local.
Esta segunda edição contou com as atuações de Pongo, Fidju Kitxora e DJ Romeu, artistas que refletem a diversidade artística e criativa da lusofonia contemporânea.
Assim, a noite abriu com a atuação de Pongo, artista angolana radicada em Lisboa, cuja presença em palco evidenciou uma trajetória artística sólida, construída desde a sua colaboração com os Buraka Som Sistema, quando tinha apenas 16 anos. A sua atuação, que cativou e interagiu com o público de forma constante, deu a conhecer à audiência temas dos álbuns Baia, Sakidila e o EP Pongo Baddie, mas também versões revisitadas de êxitos que marcaram a sua carreira, nomeadamente a faixa Wegue Wegue.
O festival prosseguiu com Fidju Kitxora, grupo que desenvolve o seu trabalho entre Lisboa e Cabo Verde. A atuação destacou-se pela fusão entre ritmos tradicionais, como morna e funaná, e sonoridades contemporâneas, em linha com o seu álbum Racodja, lançado em 2024. A presença do grupo em Zurique reforçou o seu crescimento nos palcos da diáspora, aproximando novos públicos das raízes musicais cabo-verdianas.
A noite encerrou com DJ Romeu, cidadão português com percurso artístico entre Oslo, Lisboa e, atualmente, Zurique, onde integra o projeto Kasheme. A sua performance combinou eletrónica e influências diversas, encerrando a segunda noite do festival num clima de celebração.
A segunda noite do Festival LusoSonic destacou-se pela notável adesão do público, que incluiu não só membros da comunidade portuguesa aqui residente, mas também expectadores suíços, admiradores da música lusófona, e pela energia que marcou cada atuação, reforçando Portugal como polo dinamizador do panorama musical de língua portuguesa na Suíça.
A atmosfera vivida ao longo destes dois serões do Festival e o resultado muito positivo da iniciativa podem sugerir a abertura de novos caminhos e a possibilidade de reunir mais artistas do mundo lusófono em edições futuras deste projeto. Por agora, fica a nota do entusiasmo, da energia e do impacto que a primeira edição do Festival LusoSonic carimbou em Zurique.





