Boas férias e bom regresso
› Adélio Amaro
Agosto é sempre o mês que simboliza férias para os portugueses, principalmente para os que trabalham fora do país. É tempo de regressar temporariamente às suas raízes, visitar amigos, estar com os familiares, participar nas festas das aldeias e passar alguns dias na praia.
A alegria de rever a família não pode ser contrastada com infelicidades rodoviárias, por isso, é crucial fazer uma condução segura e calma, aclamando sempre ao avelho ditado: “mais vale perder um minuto na vida que a vida num minuto”.
Todavia, depois de cinco dias abençoados pela visita do Papa Francisco, Portugal vive, como horrivelmente é habitual todos os anos, mais uma época feroz, culminada pelos incêndios que assolam o território português.
São hectares devastados pelas chamas que muito prejudicam os bens de quem vive nas zonas rurais e serranas, infelizmente as mais afetadas pelos incêndios, e que destroem a fauna e a flora que demorará dezenas de anos a ser recuperada, se tal for possível. Por vezes, a destruição pode ser de tal forma que a área queimada dificilmente voltará a ser a mesma. Os incêndios, na maioria de origem criminosa, outros são fruto de descuido, infelizmente são um meio de lucro para alguns que trocam o bem pela maldade humana.
Quando vos escrevo este editorial para desejar boas férias, estão a deflagrar dois enormes incêndios perto do local onde me encontro. O calor e o fumo são de tal forma que as vespas e outros insetos estão a bater contra os vidros da casa na procura constante de um espaço mais fresco.
O azul do céu está completamente escondido pelo fumo cinzento-negro e “neva” cinza e pequenos nacos de folhas exterminados pelas chamas.
Mesmo, assim, em nome do Gazeta Lusófona, desejo a todos os colaboradores, patrocinadores, assinantes e leitores umas excelentes férias e que tenham uma boa viagem quando regressarem às terras onde têm o local de trabalho.