› Adélio Amaro
Os portugueses na Suíça têm mostrado a importância da Língua Portuguesa nas mais diversificadas áreas. O preconceito de ser emigrante começa, felizmente, a desaparecer. A globalização social e cultural faz-nos crescer e mostrar que a portugalidade é uma força e não um ato menor de integração.
É certo que ainda existe um caminho longo para percorrer. Falta fazer muito. Contudo, vamos mostrando a riqueza da nossa cultural, desde o conceito mais tradicional aos elementos mais complexos da erudição.
Na presente edição, uma vez mais, mostramos o que melhor se vai fazendo pelo país helvético com o cunho da nossa portugalidade, não como elemento que nos afasta, mas como elemento agregador que nos coloca lado a lado com os melhores. Basta olhar, por exemplo, para o trabalho que tem sido feito na Universidade de Genebra, como o que aconteceu em março com a Cátedra Lídia Jorge na organização de uma jornada de estudos, assim como a exposição “Enfants du Placard. À lécole de la clandestinité”, no Musée d’histoire de La Chaux-de-Fonds ou, ainda, a celebração do “Dia Mundial da Língua Portuguesa” através de uma exposição alusiva à “Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul” que estará patente no Cercle de La Grande Société de Berne”, entre 5 e 12 de maio, numa organização das Embaixadas de Portugal, Brasil e Cabo Verde.
Também a preocupação em ajudar os portugueses que querem regressar ao seu país tem levado a equipa do “Programa Regressar” a desenvolver contatos no sentido de divulgar as medidas necessárias para que se possa efetuar uma candidatura correta a este Programa. Foi o que aconteceu na última semana de março. A equipa do “Programa Regressar” esteve em várias localidades da Suíça, contatou com as entidades, com associações e a comunidade portuguesa, através de reuniões e sessões de esclarecimento.
Ainda nesta edição deixamos uma entrevista, em exclusivo, a Júlio Vilela, embaixador de Portugal na Suíça, que faz o balanço do primeiro ano das suas funções e na qual focou que a Suíça continua a ser “uma sociedade de equilíbrios e compromissos, de oportunidades e desafios”. O Presidente da Assembleia da República Portuguesa, Santos Silva, visitou este país helvético. O Gazeta acompanhou esta visita e deixa na sua edição algumas das notas que marcaram esta jornada.
Até no âmbito musical os portugueses residentes na Suíça estão a elevar o seu trabalho bem alto, como a Marta Patrocínio, o Rodrigo Carreto e o Sérgio Pires que entrou na London Symphony Orchestra.
Também o movimento associativo tem desenvolvido um papel muito importante na promoção de Portugal e dos Portugueses. São imensas as associações que estão a desenvolver esse papel importante e com grande qualidade. Lamentavelmente o Gazeta Lusófona não consegue acompanhar todos. Todavia, uma vez mais, deixamos o apelo para nos contatarem e enviarem informação para o e-mail geral.gazetalusofona@gmail.com . Exemplo dessas atividades é o 39.º aniversário do Centro Lusitano de Zurique, comemorado com muita música e diversão.
São muitos os destaques na presente edição que mereciam o mesmo destaque neste humilde texto, mas deixo uma última nota para apresentar sentidas condolências à família Delta, pelo falecimento do seu mentor Rui Nabeiro, na semana em que esta empresa começou a ser parceira do Gazeta Lusófona.
