A palavra “férias”, com origem no latim “feriae”, significava, entre os romanos, dias de descanso ou dedicados a festas. Desde a antiguidade que se fazem pausas no trabalho, dependendo da cultura de cada país, região ou religião. Muitas vezes as referidas pausas estavam relacionadas com as celebrações religiosas.
Mas, o conceito de “férias” como conhecemos nos dias de hoje, surgiu com o ritmo exaustivo das fábricas durante a Revolução Industrial (século XIX). Começou a existir a necessidade de se fazerem pausas para proteger os trabalhadores de maleitas causadas pelo excesso de trabalho. Assim, a Inglaterra, em 1872, acabou por ser o primeiro país a conceder aos seus trabalhadores, anualmente, um período de férias ou de descanso remunerado.
No entanto, em Portugal só com a nova Constituição de 1976, que entrou em vigor no dia 25 de abril, exatamente dois anos após a Revolução de 1974, é que foi concedido o direito ao descanso de 22 dias úteis por ano.
Nos dias de hoje, perante esta sociedade pautada por um stresse constante e limada pelas regras do consumo, as férias são de extrema importância para a saúde física e mental de qualquer pessoa que durante onze meses dá o seu melhor no respetivo local de trabalho.
Julho e agosto, por tradição nas últimas décadas, são os meses que muitos portugueses, principalmente os que vivem fora do país, aproveitam para regressar temporariamente às suas raízes, visitar amigos, estar com a família, participar nas festas das aldeias e passar alguns dias na praia.
Todavia, a alegria de rever a família não pode ser contrastada com a tristeza de acidentes rodoviários. Por isso, é crucial fazer uma condução segura e calma, aclamando sempre ao velho ditado: “mais vale perder um minuto na vida que a vida num minuto”.
Vivemos um tempo conturbado por guerras, incertezas e dubiedades que nos confundem. Por isso, devemos aproveitar esta pausa para desacelerar o relógio que nos controla e vivermos cada momento ao ritmo do convívio com a família e os amigos.
Em nome da equipa do Gazeta Lusófona, espero que todos os nossos assinantes, anunciantes, leitores e amigos aproveitem cada momento para relaxar, recarregar energias e desfrutar das coisas simples e especiais da vida. Que esta pausa vos traga sorrisos, boas memórias e muita tranquilidade.
O mesmo desejo se estende a uma viagem tranquila e segura, cheia de emoção e reencontros felizes. Que sintam o calor do abraço da família e dos amigos à chegada.
Aproveitem para recarregarem energias e recolherem as melhores memórias daqueles que amam e das terras que fazem parte da vossa lembrança no tempo de ausência a milhares de quilómetros de casa.
A todos, em nome do Gazeta Lusófona, uma vez mais, deixo um abraço de luz como o sol e sorrisos que ireis recolher nos próximos dias em Portugal.
Adélio Amaro, diretor