O jornal Gazeta Lusófona fez 27 anos. Quase três décadas de história.
É um marco no jornalismo em língua portuguesa na Suíça, tendo sido um elo vital entre a comunidade e as suas raízes culturais e identitárias, desde 1998, quando o Adelino Sá e Manuel Araújo apostaram neste projeto. Alguns meses depois do seu nascimento o Adelino continuou sem o Araújo. O Sá, no seu papel de diretor e gestor do jornal e do projeto, durante mais de duas décadas, conseguiu o propósito de informar, unir e representar a comunidade portuguesa residente na Suíça. O jornal destacou-se desde o início como um verdadeiro periódico de proximidade.
Comecei a colaborar com o Gazeta Lusófona desde o primeiro ano, se não estou em erro a partir do número 9. Nunca pensei ser diretor do mesmo. Mesmo quando o Adelino entendeu regressar a Portugal e surgiu a possibilidade de o jornal continuar, não aceitei ser diretor do mesmo. Era e é uma responsabilidade enorme, principalmente por dois vetores: o primeiro pela dinâmica e dimensão que o jornal alcançou com o Adelino e depois por viver em Portugal, embora com o conhecimento mínimo da vida associativa portuguesa na Suíça, pela colaboração de perto com o Adelino durante mais de vinte anos. Mas, foi o Adelino e o atual proprietário que me convenceram a ficar.
Mais um ano passou e estamos a caminhar para as três décadas de existência. Ainda queremos mais. Acredito que em 2026 novas iniciativas vão surgir para continuar a ter um papel relevante na informação, divulgação e colaboração em ações relacionadas com questões de integração, direitos e deveres da comunidade portuguesa na Suíça, cultura, tradição e evento da massa associativa que tem sido um exemplo e autêntico representante de Portugal em terras helvéticas.
Digo com vaidade que o Gazeta Lusófona, desde o seu nascimento, tem sido uma plataforma de expressão para associações, artistas e cidadãos portugueses, promovendo a identidade cultural e o sentimento de pertença. Todavia, queremos ainda muito mais. Por isso pedimos constantemente paras as associações enviarem informação sobre as suas atividades.
Desta forma, agora com 27 anos, continuaremos a preservar o legado do Adelino Sá, reforçando o papel do jornal como ponte entre gerações e culturas. Este jornal tem sido um vínculo de resistência cultural e de coesão comunitária. Ao longo dos seus 27 anos tornou-se um arquivo vivo da história da emigração portuguesa na Suíça, um espaço de diálogo entre gerações, onde os mais jovens aprendem sobre as suas raízes e um exemplo de jornalismo comunitário, comprometido com a verdade, a identidade e a solidariedade.
Contudo, sozinhos não somos capazes de avançar com esta missão. Precisamos da colaboração de todos. Não somos um projeto com o objetvio de ter grandes lucros, mas simplesmente com a missão de servir.
Acreditamos na comunidade portuguesa na Suíça que tem deixado raízes portuguesas em todas as comunas. O Gazeta Lusófona é apenas mais um veículo que quer, pode e tem ajudado, dentro das suas possibilidades, a divulgar o melhor que os portugueses têm feito na Suíça.
Com a colaboração do Ígor Lopes, apoio total da administração e um grupo de colaboradores fantástico que acreditamos que pode aumentar, vamos fazendo o caminho. Obrigado a todos os que, ao longo de 27 anos, colaboraram e colaboram com o jornal. Obrigado aos assinantes, leitores e anunciantes. Sem vós o Gazeta Lusófona não existiria.
Vamos a caminho dos 28 anos… abraço.
Adélio Amaro, diretor




