Diante das recentes reações em torno da nomeação de Emídio Sousa como novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, sucedendo a José Cesário, que atuará como deputado na AR pelo círculo de Fora da Europa, Carlos Gonçalves, também deputado eleito pela AD, pelo círculo europeu, utilizou as redes sociais para apoiar o novo governante.
“Emídio Sousa tem uma forte ligação à emigração, pois, a maior parte da sua família, vive há várias décadas na região de Orléans, em França. Como autarca realizou várias ações de cooperação com municípios onde residem importantes comunidades portuguesas nomeadamente, Dourdan, que é presidida pelo lusodescendente Paolo de Carvalho”, sublinhou Carlos Gonçalves.
Este deputado recordou que Emídio Sousa foi secretário de Estado do Ambiente no anterior executivo, é mestre em Administração Pública e licenciado em Administração Autárquica e foi também presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, entre 2013 e 2024, além de deputado”.
Ainda nas redes sociais, Gonçalves celebrou o facto de poder “repetir” o trabalho de deputado pela emigração na AR ao lado de José Cesário.
“Vou novamente reencontrar o meu amigo José Cesário na Assembleia da República, que acabou por não integrar o novo Governo que recentemente tomou posse. Não tenhamos dúvidas que o José Cesário é, de todos nós, o político com mais capacidade para exercer o cargo de Secretário de Estado das Comunidades mas, tal como já o provou anteriormente, vai continuar, a partir da Assembleia da República e do Grupo Parlamentar do PSD, a servir as Comunidades Portuguesas e, através delas, Portugal”, disse.
Por sua vez, nos últimos dias, José Cesário afirmou ter sido “uma enorme honra” ter voltado a exercer funções governativas no governo liderado por Luís Montenegro e ter “servido os portugueses residentes no estrangeiro”.
Cesário realçou que “foi um ano muito difícil, cheio de obstáculos, em que, apesar de tudo, foi possível executar algumas medidas, que espero venham a traduzir-se em mais valias para quem vive fora de Portugal”, como “a opção por um novo passaporte e o alargamento do seu prazo de validade, a resolução do problema salarial dos nossos funcionários no Brasil, a normalização da atividade do Conselho das Comunidades Portuguesas e a alteração do regime dos apoios às associações e à comunicação social das Comunidades”.
“Naturalmente, desejo ao meu sucessor toda a sorte do mundo, estando certo que, sendo um homem sensato e trabalhador, tudo fará para servir os portugueses no estrangeiro”, finalizou José Cesário sobre Emídio Sousa.
Recorde-se que Paulo Pisco, ex-deputado do Partido Socialista pela emigração pelo círculo europeu, lamentou, nos últimos dias, que “o primeiro-ministro Luís Montenegro tenha escolhido para novo secretário de Estado das Comunidades alguém (Emídio Sousa) a quem não se conhece qualquer intervenção ou proximidade no domínio das comunidades portuguesas, o que afetará a sua capacidade para definir políticas e prioridades”.
Ígor Lopes