Cármen Anacleto Sonnberger é a candidata do Volt Portugal pelo círculo da Europa para as Legislativas 2024. É descendente luso-austríaca, tem 24 anos de idade e é estudante de mestrado em Estudos do Desenvolvimento na Universidade de Viena, na Áustria.
Segundo esta candidata, o programa político do Volt “propõe reformas significativas para a diáspora portuguesa”, sendo a “mais significativa a promoção do melhor funcionamento da Rede Consular, com uma maior digitalização de processos e a integração de técnicos sociais para apoio em casos de dificuldade de integração. Outra importante proposta que destacamos é a clarificação do processo eleitoral para emigrantes, incluindo a modernização do sistema eleitoral com introdução de voto eletrónico, bem como o aumento da representatividade na Assembleia da República dos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa, garantindo a representação justa dos emigrantes”. Por outro lado, avança Sonnberger, “o Volt propõe ainda o alargamento da rede de ensino da língua portuguesa, presencial e online, para garantir a transição cultural das gerações seguintes e assegurar o eventual retorno para estudos, trabalho ou negócios”.
Cármen Sonnberger explica que a sua candidatura está motivada pelo facto de “poder criar condições e novas oportunidades para os jovens em Portugal, como eu encontro, por exemplo, na Áustria. Políticas essas que assentam no serviço público na rede de transportes, política de habitação e relação rendimento/custo de vida”.
“Muitas das soluções que tentamos encontrar para os nossos problemas encontram-se nos países “vizinhos” e o Volt apresenta o exemplo vivo de uma política com base no bom senso que conecta as pessoas e as suas melhores práticas. Aspiro ao urbanismo sustentável e a um estado participativo que promova a integração, inclusão e representação de todos os membros da sociedade. Sonho com uma política que funcione na base do respeito, solidariedade e cooperação e com uma política europeia federalista que atravesse fronteiras”, frisou Sonnberger, que ressaltou que, “ainda que a Suíça não faça parte da União Europeia, há benefícios mútuos de um bom relacionamento. Além dos benefícios inegáveis das medidas que referi anteriormente, o Volt tem ainda propostas que melhoram a proximidade das comunidades portuguesas com o país de origem em duas áreas fundamentais: no intercâmbio cultural em projetos artísticos, literários e musicais e no fortalecimento das relações de investimento e de transações comerciais da diáspora. O Volt reforçará também o tratamento igualitário, no acesso a benefícios, para associações de emigrantes, atendendo sobretudo à natureza das causas e aos objetivos prosseguidos”.
Cármen Anacleto Sonnberger nasceu e cresceu em Lisboa e frequentou a Escola Alemã de Lisboa. A sua mãe é portuguesa.
“Considero Portugal a minha casa, sendo português a minha língua materna e identificando-me com a sua cultura e os seus costumes. Por outro lado, também me identifico com o país onde emigrei e onde a minha família paterna vive. É uma mistura interessante, duas culturas diferentes, sem fazer parte de nenhuma, mas fazendo parte integrante das duas. Penso que outros portugueses que tenham emigrado sentirão o mesmo. Em conclusão eu gosto de designar-me não só como portuguesa ou austríaca, mas como europeia. O facto de estar na Áustria não me coibiu de seguir de perto os desenvolvimentos políticos e sociais em Portugal e é com grande sentido de responsabilidade que me candidato para representar na Assembleia da República os direitos de todos os portugueses emigrantes na Europa”, destacou.
É licenciada em Ciências Políticas e juntou-se ao Volt na Áustria em 2020 com o intuito de “ser politicamente ativa”.
Durante a campanha às eleições distritais e autárquicas, foi coordenadora de candidatos e ao mesmo tempo cabeça de lista do oitavo distrito “Josefstadt”. Após terminar a licenciatura, completou um estágio em Frankfurt para a Agência Alemã de Cooperação Internacional no âmbito da mobilidade sustentável e igualdade de género. Com o mestrado, e de regresso a Viena, voltou a ficar ativa no Volt Áustria, onde se encontra em terceiro lugar na lista de candidatos para as eleições do Parlamento Europeu.
“A minha dupla candidatura só é possível com um partido pan-europeu, cujo permite-me participar na vida política de Portugal e Áustria simultaneamente, algo que acho especialmente importante para a diáspora portuguesa, muitas vezes subjugada a um esquecimento crónico por parte dos seus governantes”, finalizou Sonnberger.