Paulo Pisco tem 62 anos de idade e volta a ser cabeça de lista pelo círculo europeu pelo Partido Socialista (PS). Para a próxima legislatura, se for eleito refere que “as propostas dos candidatos do PS inserem-se numa linha de inovação relativamente ao muito que já foi feito nos últimos sete anos. E é importante recordar o que foi feito, como a criação dos adidos da segurança social para tratar com rapidez as pensões de reforma, a implementação do recenseamento automático que trouxe mais um milhões e duzentos mil portugueses à participação nas eleições, a consagração da paridade absoluta na lei do Conselho das Comunidades que quase triplicou o número de mulheres eleitas, o aumento do número de cursos, professores e alunos no Ensino de Português no Estrangeiro, a eliminação da discriminação para os residentes no estrangeiro na aplicação do imposto sobre as mais valias, a melhoria histórica nas remunerações dos funcionários consulares, os apoios sem precedentes para o movimento associativo que para este ano estavam orçamentados em um milhão de euros, o Programa Regressar e o Programa para os Investidores da Diáspora, a criação do Prémio Ferreira de Castro para apoiar os escritores da diáspora, entre várias outras coisas”.
Este candidato sublinha que, para o próximo ciclo político, “temos um conjunto de outras propostas muito importantes para as nossas comunidades, que vão no sentido do aprofundamento do que existe, algumas inovadoras e ousadas, e acima de tudo, trazer respostas para algumas situações que merecem a maior atenção, como no domínio fiscal, na abordagem das pensões de reforma quando pretendem mudar a residência fiscal para Portugal, na cultura, particularmente apoiando os portugueses que no estrangeiro trabalham no domínio das artes, da música, da produção literária, de representação, no reforço da valorização do movimento associativo, na continua melhoria e modernização do atendimento consular, que agora praticamente já não tem tempos de espera, entre várias outras coisas que, a seu tempo, serão divulgadas e representam um salto muito grandes nas políticas para as comunidades”.
Sobre a comunidade portuguesa na Suíça, Paulo Pisco garante que, “dado tratar-se de um país que não pertence à União Europeia, tem particularidades que importa sempre acompanhar com muita proximidade. É, por isso, uma das grandes prioridades, até porque se trata de uma das maiores comunidades na Europa, a seguir à França e ao Reino Unido”.
Defende que já deu “muitos e importantes contributos para a transformação das políticas para as comunidades em todos os domínios” e reconhece que “há coisas que ainda é necessário fazer, ir mais longe na consideração de um Portugal inteiro que tem, obrigatoriamente, de passar pelo envolvimento das nossas comunidades no desenvolvimento do país e na sua valorização nos países onde vivem e trabalham”.
Paulo Pisco é jornalista de profissão, licenciado em Filosofia, e com uma pós-graduação em Estudos Europeus, que tirou durante o período em que esteve emigrado na Bélgica. Nasceu em Queluz, no concelho de Sintra. É coordenador dos deputados do PS na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. Escreve regularmente para os jornais Público e Diário de Notícias e para vários órgãos de comunicação social das comunidades em França, Suíça, Luxemburgo ou Alemanha. Há mais de 20 anos que acompanha as comunidades portuguesas e é membro efetivo da Comissão das Migrações da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e presidente da subcomissão das Diásporas. Neste contexto, diz “querer dar destaque a dois importantes relatórios que fiz no âmbito do Conselho da Europa, um que foi sobre “Uma Política Europeia para as Diásporas”, e muito importante para a valorização das comunidades, e o outro sobre “As crianças ucranianas deportadas ou deslocadas para a Federação Russa ou para os territórios ocupados; criar condições para o seu regresso, para estes crimes e punir os seus perpetradores”.