› Adélio Amaro
O clarinetista Sérgio Pires é o “Clarinete Principal” da Orquestra Sinfónica de Londres (OSL), uma das melhores do mundo, ao lado de Chris Richards.
O músico é um dos clarinetistas artisticamente mais ativos da sua geração e tem demonstrado uma aptidão extraordinária.
Embora jovem, tem uma carreira positivamente recheada de sucesso, tendo-se apresentado em palco, como solista, com a Kammerorchester Basel, Bremer Philharmoniker, Musikkollegium Winterthur, Orchester vom See, Orchestra Filarmonicii de Stat Transilvania, Orquestra Sinfónica de Porto Alegre, Staatsorchester Braunschweig, Sinfonie Orchester Basel, Argovia Philarmonic, Berliner Symphoniker, Schlesische Kammerorchester, Mannheimer Kammerorchester e Arte Frizzante Orchestra, interpretando obras de W. Mozart, J. Stamitz, C. Weber, G. Rossini, K. Penderecki, F. Danzi, G. Ponchielli, e C. Nielsen.
Em 2020 gravou um CD com obras de Schumann, para a editora “Orpheus Classical”, e em 2021 um
outro com obras de compositores franceses, para a editora “Clavi”.
Lembramos que o Gazeta Lusófona entrevistou Sérgio Pires em junho de 2023, revelando o seu importante currículo.
Sérgio Fernandes Pires vive em Zurique, nasceu em Berna, no ano de 1995, é filho de pais emigrantes
que viveram quase 20 anos no cantão de Berna. Aos 8 anos foi para Portugal, onde viveu até aos 17 anos de idade. Regressou à Suíça para estudar em Basileia, na “Hochschule für Musik”.
No âmbito musical iniciou os seus estudos com 8 anos. Em 2007 ingressou na Academia de Música
Valentim Moreira de Sá, em Guimarães, onde estudou na classe do Prof. Vitor Matos até 2013. Foi
então que entrou na “Hochschule for Musik der Stadt Basel”, na classe do Prof. François Benda,
onde terminou a Licenciatura e dois Mestrados (Performance e Solista), ambos com distinção máxima.
Sérgio Pires é Artista Selmer (Clarinetes modelo “Recital”) e Artista Silverstein (Cryo4).
Estes foram os primeiros passos de Sérgio Pires, de uma carreira conseguida com muito trabalho e dedicação, como ficou patente na entrevista que nos deu em junho.
Sérgio Pires saiu de casa para estudar noutra cidade quando tinha 14 anos. Tem no seu primeiro professor, Alessandro Carbonare, uma das maiores referências para o seu trabalho, e dá agora mais um importante passo na sua brilhante carreira ao assumir esta nova função na OSL.
O clarinetista mostra alguma ansiedade por interpretar a Segunda Sinfonia de Rachmaninoff e para “tocar mais regularmente com nosso novo Maestro Chefe, Sir Antonio Pappano”, como segredou ao gabinete de comunicação da OSL.
Brahms é o seu compositor favorito, mas quando se fala numa peça musical orquestral, o seu gosto direciona-se para “A Criação” de Haydn. Para si é a “harmonia perfeita entre música e letra, sem deixar de ser moderna para a época em que foi escrita”.
Orquestra Sinfónica de Londres
A OSL foi fundada em 1904, sendo uma das primeiras orquestras formadas pelos próprios músicos. Desde então, gerações de talentos notáveis construíram a reputação desta Orquestra de qualidade intransigente e reportórios inspiradores.
Considerada uma das melhores orquestras do mundo, está como orquestra residente do Barbican desde a inauguração do Centro, em 1982, tendo ali realizado cerca de 70 concertos todos os anos.
A OSL tem no seu grupo o Maestro Chege Antonio Pappano, o Maestro Emérito Simon Rattle, os Maestros convidados principais Gianandrea Noseda e François-Xavier Roth, assim como o Maestro laureado Michael Tilson Thomas e os artistas associados Barbara Hannignan e André J Thomas.
Além de toda a atividade e parcerias em vários países, incluindo residências, a OSL realiza mais de 50 concertos por ano para todo o Reino Unido assim como para todo o mundo, além de transmissões ao vivo e sob demanda, alcançando milhões de pessoas.