› Adélio Amaro
Iniciamos 2024 com novo ânimo para continuar a promover a comunidade portuguesa residente na Suíça, como acontece há 25 anos, depois do excelente trabalho do Adelino Sá durante mais de duas décadas. O ano de 2024 será um grande desafio, não só para o Gazeta Lusófona, que pretende apresentar algumas novidades, como a nova imagem gráfica que patenteia na presente edição, mas para todo os portugueses.
Será um ano que estará fortemente condicionado pelo desfecho das Eleições Legislativas no dia 10 de março, das Eleições para o Parlamento Europeu, de 6 a 9 de junho, e as Eleições Regionais dos Açores, no dia 4 de fevereiro.
Todavia, a raiz portuguesa neste país helvético continuará a singrar na senda de uma procura constante, seja qual for a área social, política, desportiva, associativas ou cultural.
Teremos, em abril, a realização do “2.º Fórum dos Portuguesas da Suíça”, depois do sucesso alcançado em 2022 com o 1.º Fórum. Este ano o tema, mais do que óbvio, são os 50 anos do 25 de Abril. Está previsto um conjunto de iniciativas (ver páginas 8 e 9) que unirá diversas entidades institucionais, culturais e do ensino. Este, como muitos outros eventos que anualmente vão acontecendo, será uma grande oportunidade para refletirmos Abril, tanto no bom que nos trouxe, como no menos bom que não conseguimos melhorar. Esta será uma reflexão que colocará na mesa a democratização da Democracia, envolvendo os jovens e explicando-lhes a importância de Abril nas nossas vidas, 50 anos depois.
Vamos na segunda geração após Abril. A geração que lutou pela Liberdade está a desaparecer pela ordem normal da vida. É crucial passar a mensagem, explicar e fazer entender que a Democracia alcançada há 50 anos deve ser mantida, mas sempre com o objetivo de a melhorar. Qualquer que seja o poder democrático existe sempre a necessidade de melhorar, anulando os vícios que ela também permite que aconteçam perante as ações dos malévolos e respetivas consequência para com os mais desprotegidos.
A Democracia tem 50 anos. Contudo, atos ditatoriais começam a miná-la e a descontrolar a liberdade do próximo, seguindo a velha máxima de que a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.
Liberdade não tem de acabar nem de iniciar. A liberdade tem de existir. Tem de ser presente para que se consiga conquistar um melhor futuro e explicar aos mais distraídos que a Democracia não é fazer uso exclusivo das novas tecnologias como meio de libertação. Isso é estar preso. Liberdade é usufruir de todo os instrumentos que o presente nos dá para continuarmos a construir a Democracia que outros tiveram de alcançar com as armas em punho.
Bom Ano de 2024.