› Ígor Lopes
Maria Elisabete Almeida tem 45 anos de idade e é natural de São Jorge de Arroios, Lisboa. Tem familiares na Grande Lisboa e em Viseu, mais precisamente em São Pedro do Sul. Conversamos com esta portuguesa, que vive em Rheinfelden, no Cantão de Aargau, para saber como é o seu cotidiano na Suíça.
Como é a sua vida na Suíça?
Tenho a minha rotina diária de ir para o trabalho, voltar fazer a vida de casa e levo uma vida dignamente normal.
Como é viver na Suíça?
É difícil, pois temos tudo, mas não temos nada…
Em que trabalha na Suíça?
Eu tenho duas profissões. Sou governanta e sou terapeuta de Reiki.
Convive com a comunidade portuguesa na Suíça?
Sim, convivo.
Como os portugueses são recebidos no país?
Até hoje, não tenho nada a dizer. Mas há bons e maus.
Frequenta associações portuguesas?
Não, regularmente.
Como consegue matar as saudades de Portugal?
Só mato as saudades quando vou a Portugal ver a minha família e o mar.
Vive com a sua família?
Sim, vivo.
Qual é o sentimento quando regressa a Portugal de férias?
É bom. É uma sensação de alívio, enfim, em casa.
Pensa em voltar a viver em Portugal algum dia?
Sim, com certeza.
O que conquistou na Suíça até agora?
Não posso dizer que conquistei algo, mas diria que levo uma vida mais desafogada do que se estivesse no meu país.
Tem filhos?
Sim, tenho um casal.
O que a Suíça significa para si?
Sinceramente, não sei se consigo responder a essa pergunta. Não posso dizer nada de negativo, pois é um país que eu própria escolhi para fazer uma vida melhor.
Que imagem tem de Portugal?
Tenho uma imagem de um país lindo, cheio de coisas boas, mas é pena não terem organização e respeito pelo povo.
Como e por que veio viver neste país?
Vim como todos os emigrantes: a procura de uma vida melhor.
O que espera do futuro?
Espero que um dia possa regressar e levar uma vida tranquila em Portugal.
Qual a diferença de vida entre Portugal e a Suíça?
As diferenças são os ordenados e a organização e, sem dúvida, o clima.
A língua é um problema?
Não.
Como a pandemia impactou o seu dia a dia e o da sua família?
Impactou, claro que sim. A minha e a da minha família.
Por fim, como vive o coração do imigrante português na Suíça?
Depende do coração. O meu coração chora todos os dias com saudades da minha mãe, do meu irmão e dos meus familiares.