Ana Maria Pica Caçapo, residente em Oberengstringen, uma comuna da Suíça no Cantão de Zurique, é a segunda da lista candidata do Partido Socialista à deputada à Assembleia da República portuguesa em “representação dos emigrantes residentes na Europa”. É natural de Vila Nova de São Bento, em Serpa, Portugal, e trabalha com o sistema social laboral emigratório na Suíça. Em termos de formação, estudou Ciências Sociais – Psicologia.
“Acredito na Democracia e nos direitos de igualdade. Todos diferentes todos iguais”, defendeu esta candidata, que se considera “uma emigrante como todos os que aqui estão”.
“Conheço as nossas dificuldades, os nossos sonhos, os nossos desafios. É por isso que
quero apresentar-me no Parlamento com voz firme, com verdade e com ação. Vivo na pele o que é estar longe da terra e, mesmo assim, lutar todos os dias por um futuro melhor”, comentou.
Ana Maria Pica Caçapo deseja “ser a ponte entre a realidade e as decisões políticas que nos afetam”, uma vez que “a nossa comunidade emigrante merece mais do que ser lembrada apenas em tempos de eleições”.
“Merece representação real, contínua e eficaz. É este o motivo porque me candidato. Ser emigrante é um ato de coragem. Representar os emigrantes será um ato de responsabilidade”, comentou Ana, que revelou os temas que pretende trabalhar caso seja eleita.
“Apoio à Integração Social e Cultural (nossos cantores tradições), apoio a direitos laborais e sociais, apoio educacional e juvenil, apoio à saúde mental e bem estar, fortalecimento dos laços com Portugal, defesa dos direitos políticos e sociais, promoção de empreendedorismo e apoio à mobilidade e retorno”, frisou, além de “organizar mais eventos culturais, como festivais, exposições e apresentações artísticas que possam promover a cultura de Portugal no país de acolhimento”, como forma de valorizar o trabalho do movimento associativo português na Europa.
Ana Maria Pica Caçapo sublinha também como propostas “melhorias no atendimento consular, expansão e reforço da rede consular, parcerias com o setor privado e entidades, reconhecimento do papel dos consulados, visibilidade do trabalho consular e apoio aos novos emigrantes com foco em programas que ajudem os emigrantes portugueses recém chegados”, assim como a preservação da entidade cultural, integração e apoio à comunidade, representação política e social – rede de solidariedade, promoção da cidadania e engajamento cívico e relações bilaterais”.
Em relação ao ensino da língua portuguesa, esta candidata defende que, “como em qualquer país, é importante revisar os métodos de ensino, incorporando novas tecnologias e abordagens pedagógicas”.
Esta cidadã portuguesa residente no país helvético acredita ainda ser importante implementar “um plano estratégico para a diáspora, valorizar novas políticas para as comunidades com o desenvolvimento e apoio do Partido Socialista defendendo a nossa cultura”.
“O meu apelo é de extrema importância, pois somos todos emigrantes. Estamos no terreno. Sei das dificuldades e desafios que enfrentamos e a minha candidatura é uma oportunidade para garantir que as nossas questões sejam ouvidas nas instituições europeias. Acredito que, juntos, podemos construir uma Europa mais justa e solidária para todos. É muito importante para nós, emigrantes portugueses na Suíça, que juntos lutemos por uma Europa mais inclusiva e equilibrada. Com a nossa força, vamos conseguir”, finalizou Ana Maria Pica Caçapo.