Aos 63 anos, Carlos Alberto Silva Gonçalves, antigo deputado e colaborador do Gazeta Lusófona, voltou a candidatar-se para atuar na Assembleia da República portuguesa como deputado pela emigração pelo círculo da Europa, como número dois da lista da AD – Coligação PSD/CDS. Nos últimos meses, Carlos Gonçalves, antigo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, foi nomeado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, para o cargo de Conselheiro Técnico, para a área social, na Embaixada de Portugal em Paris, França.
É licenciado em Geografia, técnico superior dos quadros externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, conselheiro técnico da Embaixada de Portugal em Paris, e envereda agora para um novo pleito eleitoral, numa lista encabeçada por José Manuel Fernandes. Um cenário que visa reestabelecer a eleição de deputados do PSD pelo círculo europeu, o que não aconteceu nas últimas legislativas, quando o PS e o Chega elegeram um deputado cada, dos dois possíveis pela emigração no velho continente.
Em declarações à nossa reportagem, Carlos Gonçalves explicou o que está a impulsionar a sua candidatura.
“Entendo que o melhor que a política pode oferecer é a resolução dos problemas das pessoas. Quando iniciei a minha vida política na seção de Paris do PSD foi no sentido de contribuir para o encontrar de respostas para os problemas da comunidade a que pertencia e para aumentar a afirmação da área da emigração na política nacional. Independentemente dos anos que passaram, os meus propósitos continuam a ser os mesmos: contribuir para o encontrar de soluções, estreitar as relações das comunidades portuguesas com Portugal e promover a integração desta área nas preocupações do todo nacional”, disse este social democrata, que acredita que “as comunidades são uma enorme oportunidade para Portugal, oportunidade essa que deve ser entendida e potenciada pelo Governo, reconhecendo a importância da sua ligação ao nosso país nas mais variadas áreas”, para isso, continua, “são necessárias políticas que as empoderem e permitam a sua participação completa na vida política nacional”, o que passa, na sua opinião, “pela simplificação dos processos eleitorais, pelo aumento da representação política e também pela melhoria da rede consular e da rede do EPE”.
Caso seja eleito, Carlos Gonçalves pretende “estar ao lado das comunidades para resolver os seus problemas”. Este responsável considera que “o mais importante será reforçar efetivamente a ligação das comunidades com Portugal e isso faz-nos através do aumento da sua importância política e económica”, além de “aumentar a sua participação cívica, através da uniformização dos processos eleitorais e da concretização de um teste piloto para o voto eletrónico em mobilidade, será um dos meus grandes objetivos políticos”.
“Irei também trabalhar para aumentar o número de deputados da emigração na Assembleia da República”, frisou Gonçalves, que diz ser “fundamental apostar na reorganização do atual modelo de agendamento de atos consulares e na valorização das carreiras dos colaboradores da rede diplomática e consular”, bem como “simplificar e desburocratizar os serviços da administração pública prestados aos cidadãos, tal como já tem vindo a ser feito pelo Governo da AD através, por exemplo, do alargamento do prazo da validade do passaporte eletrónico” e “investir no reforço humano das estruturas consulares com a entrada de novos funcionários”.
“As próximas eleições legislativas são uma oportunidade para garantir a continuidade da governação da AD que, em 11 meses, apresentou resultados bastante positivos. No caso das comunidades, o Governo esteve mais presente nas suas iniciativas e no acompanhamento dos seus problemas, num esforço de mais proximidade que deu já resultados, com o associativismo a ter mais apoios, o serviço consular a melhorar a sua capacidade de resposta e a reativação das permanências consulares. A vitória da AD permite continuar este trabalho”, finalizou Carlos Gonçalves.