Monica Maria Ferreira de Figueiredo Duarte tem 43 anos de idade, é esteticista e assistente administrativa. Natural de Arouca, no distrito de Aveiro, vive hoje em Lengnau, uma comuna da Suíça, situada no distrito administrativo de Bienna, no cantão de Berna.
Sobre a sua vida na Suíça, sublinha que “tenho uma vida ocupada, sempre com muito para fazer, mas tenho a liberdade de me adaptar quando quero ter tempo para mim e para a minha família”.
“Estou feliz por estar neste país que me acolheu, primeiro os meus pais e, depois, o meu irmão e eu”, disse Monica Duarte, que considera a Suíça “um país onde o pilar do trabalho é importante e muito essencial para se manter na classe média”, pois, “trabalhar na Suíça dá para ganhar dinheiro e poder desfrutar dele, mas não demasiado, claro”.
No país helvético, esta cidadã portuguesa trabalha dois dias da semana numa empresa de apoio domiciliário como rececionista e assistente administrativa, em contacto os clientes, além de atuar como esteticista no seu salão de beleza.
“A minha maior clientela no instituto são mulheres e homens portugueses, por isso, estou mais informada do que se passa na comunidade, mas não sou muito de festas ou de centros portugueses. Adoro conhecer pessoas de diferentes profissões e saber como vai a economia do lado dos imigrantes”, frisou.
Monica Duarte vive com o marido e os seus dois filhos, Rodrigo, de 12 anos, e Sarah, de 9. Tem também o irmão, cunhados e sobrinhos a viverem na mesma aldeia.
Sobre as conquistas na Suíça, a nossa entrevistada é enfática.
“Conquistar é uma grande palavra! Se é pessoal, sinto-me feliz quando acordo e ainda mais feliz quando vou dormir. Para mim, trabalhar sempre foi uma questão de prazer e amor, por isso foi e será sempre uma grande conquista pessoal e espiritual ter a sorte de fazer o que gosto. Se falarmos de materialismo, temos uma casa em Portugal e aqui na Suíça, mas era realmente um dos nossos objetivos enquanto não tínhamos filhos”, comentou.
Para Monica, a Suíça significa “o país que a acolheu e deu a oportunidade de aprender”, por essa razão, “adoro a liberdade que a Suíça me dá, é um país seguro e bem organizado”.
“A possibilidade de nos podermos desenvolver conforme a nossa motivação e desempenho. O civismo dos suíços agrada-me muito”, alegou.
Monica Duarte conta que os seus pais imigraram para a Suíça quando ainda era muito pequena e, aos 11 anos, trouxeram-na para a Suíça depois de obterem uma autorização. permis C
Sobre o futuro, Monica espera “ser completamente independente e poder ajudar as pessoas a sentir a beleza que existe dentro delas”.
Em relação a atuar na Suíça, Monica Duarte refere ter sido “fácil”, pois “comecei como um passatempo sem qualquer pressão para ganhar um salário regular e frequentei a escola de beleza há quase 23 anos e pude trabalhar de imediato”.
“A beleza é um setor que continua a desenvolver-se e a crescer economicamente. Os maiores consumidores são os latinos com mais visitas regulares. Os suíços pagam tratamentos mais caros, mas são menos regulares. Em geral, são as pessoas ainda ativas que mais me visitam. Muitas vezes, pessoas muito ocupadas que querem poder fazer tratamentos e relaxar ao mesmo tempo. Também recebo reformados, mas são muito poucos – os portugueses, geralmente regressam ao país e os suíços têm um orçamento de reforma relativamente baixo”, contou, avaliando que este é um mercado promissor.
“Sim, continua a crescer, com novas tendências, diferentes técnicas e máquinas – o mercado ainda está longe de estar saturado”, disse, recordando que os eu local de trabalho está localizado em 2502 Biel / Bienne BE com informações em: www.monicaferrreira.ch ou nas redes sociais em @monicaferreira.ch
“Tenho saudades de Portugal, adoro ir de férias, reencontrar a família, sítios que me fazem lembrar a minha infância. É sempre uma alegria ir, e os meus filhos também adoram”, finalizou Monica Duarte sobre o sentimento do coração do imigrante português na Suíça.
Ígor Lopes